Bailarino de Cajazeiras faz diversos estilos de dança e tem premiações em festivais nacionais e internacionais

O bailarino, coreógrafo e professor de dança Eric Lacerda, com mais de 13 anos de carreira, desempenha trabalhos em todos os estilos da dança, com ingresso em cursos profissionalizantes e premiações em festivais nacionais e internacionais.

“Eu sou um pouquinho de cada coisa na arte, eu costumo falar que eu gosto de me jogar, de me permitir. Então, a dança em si sempre foi o meu forte, é o que sempre usei para me expressar, mas eu sempre me jogo na parte da atuação, estou mais trabalhando esse lado de atuar”, disse ao Diário do Sertão.

Eric relembrou as companhias de dança que passou pela cidade e alguns dos trabalhos realizados pelo Brasil. Atualmente o artista faz parte da Arabesque Cia de Dança, dirigido com Tatyane Silva, e do Coletivo Rizomático, dirigido por Priscila Tavares, onde desenvolve trabalhos como co-diretor e direção coreográfica na dança e no teatro.

Além de bailarino, ator, professor de dança, Eric também é produtor cultural na cidade e faz parte da equipe do Festival C’arte, que realizou sua primeira edição em 2023 movimentando mais de 40 artistas paraibanos em três noites de evento no Teatro Íracles Pires, em Cajazeiras.

“Eu vou caminhando e quando vejo que é uma oportunidade que vai me desafiar, eu gosto muito de me permitir, de me jogar nessas ramificações que é a arte em permite”, enfatizou.

“Quando eu entendi essa parte do quanto era importante estudar, se profissionalizar, buscar com outros profissionais que já estavam no ramo, foi ai que eu me interessei em participar de muitas companhias. Eu tenho como faculdade Kennedy Carvalho, ele que é o criador da Companhia de Arte Gente Nova, que vai fazer 30 anos agora, então fiz parte dessa companhia seis anos e aprendi muito sobre responsabilidade, compromisso, sobre a parte artística, de criação, de ensaio e sempre fui migrando para outras companhias da cidade”, contou.

Ele falou um pouco sobre sua trajetória no mundo da arte e da recente experiência que teve em São Paulo, onde participou de vivências artísticas que lhe renderam uma bolsa para estudar na Europa.

“São Paulo é um grande polo, artisticamente falando, grandes bailarinos saem de lá. A gente vê muitos bailarinos trabalhando com grandes artistas que são formados por lá. Eu fui com essa garra de profissionalizar mais, sempre amei tudo que envolve dança, mas sempre tive essa vontade de, principalmente, conhecer mais sobre as danças urbanas, as danças atuais, que a gente vê muito em balé de artistas, então eu disse: eu preciso conhecer mais de perto, eu preciso entender e conhecer vindo dos professores, as metodologias, a forma que eles ministram aulas”, pontuou.

Em sua passagem pelo estado de São Paulo, o bailarino participou de uma seleção com a companhia Eurasia Dance Company do diretor italiano Stefano Fardelli, realizado pelo Instituto Oswaldo de Ribeiro Mendonça, localizado em Orlandia, interior de São Paulo, coordenado por Valéria Pasetto.

“Meu material foi selecionado para que eu estivesse no interior de São Paulo, em sua cidade chamada Orlandia, depois de Ribeirão Preto, seis horas da grande São Paulo. Eu disse, vou, vou viver, vou me permitir, até porque é uma área que eu atuo muito, que é o contemporâneo, gosto muito, tenho uma vivência muito grande aqui na cidade. E fui, sim, para lá viver essa experiência”, contou Eric.

Durante o processo os bailarinos tinham aulas de Dynamic Floor junto com a produção do espetáculo Ommapadnimehum, onde foram analisados e selecionados para bolsas de estudo na escola Susanna Beltrami em Milão, na Itália. Eric foi um dos bailarinos contemplados com a bolsa e ressaltou a alegria de ter a possibilidade de estudar a dança fora do país.

“Eu fui contemplado com essa bolsa de estudos, foi muito insano, muito puxado, porque vida de bailarino não é fácil, foi de seis a oito horas de ensaio, mas valeu super a pena a experiência, eu entendi mais uma vez que esse é o meu caminho, que eu estou no lugar certo”, enfatizou o artista.

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