Tempos de mudanças no futebol

Estamos a 89 dias do final de 2015. Mesmo assim, já dá para dizer que o futebol será outro, de 2016 em diante. O “27 de Maio” foi um evento marcante e sinalizou, com clareza, que uma era chegava ao fim. Naturalmente, uma nova era está nascendo, mas não temos, ainda, clareza suficiente para saber como ela será.

Há poucos dias, em 17 de setembro, Jerôme Valcke, o poderoso secretário-geral da federação mundial do futebol e que nessa função disse que um certo país precisava de um chute no traseiro para acelerar as obras para uma certa Copa do Mundo, foi afastado de suas funções em virtude de acusações de vendas de ingressos para jogos da Copa do Mundo no Brasil.

Poucos dias depois, aparentemente de repente, o presidente da FIFA, Joseph Blatter, recluso desde 27 de maio em sua Suíça natal, foi indiciado pelas próprias autoridades helvéticas num processo que poderá leva-lo a cumprir até 10 anos de cadeia, motivado por sua gestão à frente da entidade. Mal iniciado o quarto e último trimestre desse ano, quatro das maiores e mais importantes companhias do mundo, todas elas respeitadíssimas por suas marcas e seu marketing, emitiram notas oficiais pedindo o afastamento imediato de Blatter da entidade: Coca-Cola, McDonald’s, Visa e Budweiser (uma das empresas do grupo AB INBEV).

Mais que provável, já é esperado um pronunciamento de outro gigante, igualmente patrocinador da FIFA, a Adidas. Para a eleição no início de fevereiro surgiu um complicador, cuja dimensão ainda não podemos avaliar: o principal candidato à sucessão de Blatter e atual presidente da UEFA, Michel Platini, foi acusado de receber dinheiro da FIFA. CONMEBOL e CONCACAF foram seriamente afetadas, com prisão de sete de seus dirigentes.

No caso do Brasil, o ex-presidente da federação nacional, José Maria Marin, está preso na Suíça, aguardando aprovação para sua extradição para os Estados Unidos. Seu sucessor está livre e livre de acusações formais, entretanto, apesar disso, está tão recluso no Brasil quanto Blatter na Suíça. Nos últimos meses a CBF, sob o seu comando, mudou bastante. Mudou para melhor. Não posso deixar de frisar que elas se aprofundaram e se alargaram na sequência do “27 de Maio”, em combinação com o avanço da MP 671 no Congresso Nacional, até ser, finalmente, transformada na Lei de Responsabilidade Fiscal no Esporte.

As mudanças foram profundas e chegaram ao ponto da Confederação entregar, formalmente, o total controle do Campeonato Brasileiro para os próprios clubes. Com relação à CPI em curso no Senado… Nada a comentar. Ao menos por enquanto.

Sertão esquecido – O ministro do Esporte, George Hilton, esteve em João Pessoa e confirmou a presença da tocha olímpica em oito cidades paraibanas no mês de junho 2016. Ele esteve reunido com o governador Ricardo Coutinho e com prefeitos dessas cidades para definir a logística do revezamento. A tocha olímpica chega à Paraíba no dia 2 de junho de 2016, passando por Pedras de Fogo, Itabaiana e Campina Grande. No dia seguinte, ela segue para João Pessoa, passando ainda por Guarabira, Mamanguape, Sapé e Santa Rita. Pelo roteiro definido entre o Governo Federal e o Estadual, as cidades sertanejas, estão fora desta rota. Coitado de nós…

Palavra do Presidente – Sérgio Rassi presidente do Goiás após a sua equipe ser derrotada em pleno Serra Dourada 3 a 2 para o Figueirense e entrar na zona de rebaixamento: – Foi vergonhoso sob todos os aspectos. Futebol não tem lugar para seriedade, honestidade, correção. Futebol é coisa pra malandro, pra quem vive as custas da infelicidade dos outros. Coisa séria não prevalece no futebol. Fiz tudo por esses atletas, mas o que se viu foi uma partida sem doação, sem vontade de ganhar. Sem a mínima vontade de fazer o resultado. Tem que tratar jogador como merecem ser tratados e não da maneira como eu trato. Falo de todos os aspectos: econômico, humano, amizade, solidariedade… Eles não merecem o meu respeito – concluiu o dirigente esmeraldino.

BOLA DENTRO – Para a organização que a Federação Paraibana de Futebol deu à final da segunda divisão em jogo realizado em Cajazeiras no Perpetão. Tudo foi perfeito. Desta vez a FPF merece a NOTA 10!

BOLA FORA – Para a amarga decepção causada pelo Paraíba Esporte Clube quanto ao jogo em Cajazeiras na grande final da segundona. O time fez uma partida sem raça, sem vontade e sem alma. Tem mais, levamos um baile do Esporte. 2 a 1 foi pouco. NOTA 0!

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