Ressuscita, Garrincha! Vem devolver a alegria ao povo!

Melhorada a ressaca, e a racionalidade, depois da catástrofe dos 8 de julho, e após a repercussão (pior impossível, até os alemães ficaram envergonhados com o tratamento impingido a seus anfitriões), agora vem os comentários e as possíveis saídas para a tragédia. O castelo de cartas da supremacia sul-americana no futebol desmoronou, e poderia ainda permanecer, pelo menos em parte, se a Argentina fosse campeã.

Os sábios de plantão, sempre acham uma saída rápida a milagrosa: Agora acenam com a contratação de técnicos estrangeiros para comandar a pátria de chuteiras, então venho com meus comentários, bem na contramão desse vento europeizante.  Começo citando com dois comentários de Maradona (não ouvi, mas se ele não disse, deveria ter dito): “O time que jogou contra a Alemanha não era o Brasil” e outro, “Sempre joguei melhor que o Messi”; deveras, o que vimos na realidade não era o time do país de Pelé e Romário, mas uma Legião Estrangeira oriunda de algum obscuro país europeu, Luxemburgo, por exemplo, um pessoal que aprendeu mal a tática de marchar a passo de ganso, uma imitação subdesenvolvida do exército alemão.

Nossa qualidade nunca foi a tática, mas a técnica: os dribles desmoralizantes de Garrincha, as tabelas com os adversários de Pelé, o pezinho no meio da zaga de Romário, os lençóis de Jairzinho, e por aí vai…  Quando de 2002, nossa última conquista, e não se contentando com a “Copa das Confederações”, quando o Brasil precisou, dominado no jogo contra a Turquia, tinha no banco o último dos dribladores enfezados que produzimos, Denílson, quem se lembra, se chegou a precisar sete turcos para marca-lo, Garrincha prendia quatro, assim os outros ficavam desmarcados (Vavá marcava), os adversários sentiam medo, e a seleção se impunha e país ganhava títulos, e se esqueciam os problemas da nação. Hoje nem isso há mais, somos o país da corrupção; o do futebol, depois do 7 X 1, esse já era…

E foi como, um prato de mingau, comido pelas beiradas, primeiro contrataram nossos jogadores, hoje compram nossas promessas de jogadores, levam para fora e, como os romanos faziam com os povos vencidos, extraem nossos valores, ensinam a jogar taticamente, na defesa ( o Brasil tem os melhores zagueiros do mundo – que balela, dá até nojo!!). O Brasil tem que formar, e somente aqui se forma, grandes atacantes, Os Denílsons, os Dener, são abortados como sem objetividade, aí a gente “vai na onda” e o resultado já vimos, a maior desmoralização da nossa história, foi pior que ter perdido a Guerra do Paraguai.

Quanto aos supostos ídolos brasileiros dos alemães, alguém acha que na terra de Enistein, Goethe, Bismarck; eles vão idolatrar alguém de uma sub raça, é tertúlia estéril para dormitar bovinos (conversa mole p’ra boi dormir). Em Prêmios Nobel o placar é de 103 X 0… Puro cinismo…

Ai, Tanto Felipão, quanto o técnico da Argentina, procuraram uma salvação no banco e os Garrinchas, os Maradonas não estavam, pois a Europa os levou e os transformou em maus imitadores dos nativos de lá.

Não consigo nem amarrar as Chuteiras Imortais do Grande Nélson Rodrigues, mas não custa nada repeti-lo, mesmo sem ser Gênio: “Somente os gênios enxergam o óbvio”.

Dentro de meu (nosso) complexo de vira-latas reforçado pela repetição piorada de 50, fico…

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