Renato Cajá, o 10 do Brasil

É difícil questionar a capacidade técnica de Renato Cajá. A qualidade com a canhota sempre foi sua marca registrada. Foi assim que despontou na Ponte Preta, conseguiu atuar em bom nível no Botafogo por um tempo, teve lampejos em Grêmio e Vitória e rodou por times do exterior. Mas faltava algo para deslanchar de vez. Algo que ele foi encontrar somente aos 30 anos: o dinamismo.

Cajá adaptou seu estilo e se reinventou para atingir o auge da carreira neste início de Campeonato Brasileiro pela Macaca. Sempre foi tratado como o clássico 10. Hoje, é mais que isso. É mais que apenas um canhoto habilidoso. É o maestro, artilheiro (do time na temporada, com nove gols, e do Brasileirão, com quatro), cérebro. É a alma da Macaca nesta largada positiva de Série A.

Cajá não tem impressionado apenas quem começou a ver agora suas pinturas, cobranças de falta precisas e passes na medida. Até para quem o acompanha há tempos, parecer ser outro jogador, bem mais completo. A mobilidade tem sido o principal diferencial, com piques antes inimagináveis para as suas características. É participativo ao extremo. Tanto que esteve presente em 69% dos 13 gols da Macaca neste Brasileiro. Além das quatro vezes que marcou, a bola passou pelos seus pés em outras cinco oportunidades antes de chegar às redes adversárias.

O desempenho atual do meia começou a ser desenhado no início da temporada. Depois de ter altos e baixos na Série B do ano passado, quando chegou ao Majestoso na metade do ano sem a condição física ideal, sofreu com problemas físicos e demorou para pegar ritmo, comemorou o tempo adequado para se preparar. Desde as primeiras entrevistas, mostrou o desejo de fazer 2015 o seu ano. E não ficava apenas no discurso. Pegava pesado nos treinos.

O Paulistão foi um aperitivo. Com cinco gols, conquistou a confiança necessária para o principal desafio da temporada. O melhor ainda estava por vir. O cartão de visita foi animador. Logo de cara, fez um golaço no empate por 3 a 3 com o Grêmio, em Porto Alegre. Na sequência, voltou a marcar com estilo na vitória por 1 a 0 sobre o São Paulo. A pintura quase do meio de campo nos 3 a 1 sobre a Chapecoense mostrou que o início não era obra do acaso. Por último, a fase é tão boa que fez até de cabeça – antes ponto fraco – no empate por 2 a 2 com o Santos, na Vila. Os gols chamam a atenção pela importância e pela plasticidade, mas Cajá não se restringe a eles apenas.

Praticamente todos os lances ofensivos da Ponte passam por ele, que se movimenta, busca, chama o jogo. O esquema armado por Guto Ferreira também o ajuda. Assim, tem fôlego para arrancar, aparecer nas costas do lateral, chegar dentro da área. Renato Cajá pode ser uma novidade para muitos, mas já é figurinha carimbada na Ponte, onde é ídolo. Nos principais momentos da história recente da Ponte, Cajá esteve envolvido: vice paulista de 2008, quando chegou desconhecido após defender Mogi Mirim, Ferroviária e Juventude, e acessos na Série B de 2011 e 2013. O próprio meia já chegou a colocar a campanha estadual de 2008 como o melhor momento da carreira, mas agora é diferente; o nível é outro, as dificuldades, maiores. Renato Cajá é hoje o destaque individual do principal campeonato do país, o campeonato brasileiro da Série A.

 Amadorismo – Com participação de 24 clubes, será iniciado neste final de semana o campeonato amador de futebol de Cajazeiras, na categoria aberta. O evento terá a coordenação geral da Liga Cajazeirense de Desportos e como patrocinadora oficial a Prefeitura Municipal através da Secretaria de Esportes. O presidente da LCD, Nêgo Dias, o secretário de esportes, Everaldo Santos estão acreditando que essa competição será sucesso em público e na qualidade técnica dos jogos.

BOLA DENTRO – Para o meu filho Marcel que acaba de completar mais um aninho de vida. Parabéns a esse que Deus nos colocou com um presente divino. Marcel é um filho que nos orgulha em aplicá-lo uma NOTA 10!


BOLA FORA – Para a sensação de “ser professor” que passei neste início de semana no CFP em meu local de trabalho. Jamais havia sentido aquilo que nem sei como explicar, digo apenas que foi o pior momento destes 37 de magistério. Isso merece a NOTA 0!

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