Quem são os criminosos?

Quando Tancredo foi eleito presidente da república, mandou um recado aos banqueiros internacionais: não vamos pagar a dívida brasileira a custa do suor e da fome de nosso povo. Tancredo morreu (?). O sonho dele e o nosso ainda não foi concretizado.

Josué de Castro e Graciliano Ramos, bem antes de Tancredo, foram presos e exilados por afirmarem que a fome não brota do céu. A fome tem causas na terra, nas injustiças imperantes. Por dizerem verdades tão óbvias foram perseguidos.

Depois foi a senadora Luiza Helena, por condenar a política econômica do governo que ajudou a por no poder, foi expulsa do partido, sob cuja sigla o presidente da república, Lula da Silva, foi eleito. O Partido dos Trabalhadores traiu a todos. Hoje este governo é o que tem mais pago os juros da dívida externa brasileira.

As lágrimas de Luiza Helena, quem não lembra, não foram suficientes para tocar no coração do presidente Lula, quando à mesma foi apresentado o futuro presidente do Banco Central do Brasil, Henrique Meireles, autentico representante do capital internacional. As lágrimas da senadora comoveram os verdadeiros brasileiros, principalmente aqueles que acreditavam no que pregava o Partido dos Trabalhadores. Fomos todos enganados, inclusive os grandes guerreiros do deste partido, quando constataram que as suas lutas e batalhas foram em vão.

Todos os meses pagamos bilhões de dólares de juros.

No passado o que faziam os portugueses com o nosso ouro, lavrado nas Minas Gerais? Quantas toneladas não foram transportadas para a Europa e com ele manter o luxo da Corte Portuguesa, no Brasil e em Portugal?

Qual a diferença para os dias atuais? Talvez, nenhuma. Sempre nos deixamos assaltar. Temos o prazer de ver as nossas riquezas, o nosso suor e o nosso trabalho sendo surrupiados e tomando o destino dos bancos internacionais.

Estes bilhões de dólares se esvaem das nossas já sangradas veias. Bem que serviriam para acabar de uma vez por todas com fome e com o estado de miséria de muitos brasileiros; serviriam para diminuir o número de crianças que sepultamos todos os dias nos nossos cemitérios; daríamos ainda uma educação digna, uma moradia decente, um emprego para que a nossa gente pudesse ser realmente um cidadão brasileiro.

E o homem do campo do Nordeste brasileiro? Como gostaria de ter uma vida mais digna e honrada, de morar numa boa casa, ter água para beber, ter condições de produzir legumes para ter uma mesa farta. Ter isto, ter aquilo. É sempre um ter que nunca chega à vida dos miseráveis deste país. Mas vamos ter superávit primário para pagar os juros da dívida, mas não temos nem sequer a sobra para matar a fome de nosso povo. Existe uma nesga de esperança, mas para quando? 2020, 2030 ou dois mil e nunca mais?

As disparidades regionais vão continuar e o grande fosso entre o sul e o nordeste vai aumentar cada vez mais.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Publicações relacionadas
CLIQUE E LEIA

Vale vagas

Este final de semana será de decisões para o futebol cajazeirense em termos de campeonato paraibano 2016 e…
Total
0
Share