Pisada na bola

A expressão vem da linguagem esportiva ligada ao futebol. É quando um jogador, por mais experiente que seja, não consegue fazer uma boa jogada porque comete a falha de pisar na bola. Dizemos, também, que alguém “pisou na bola”, quando faz algo inesperado que não condiz com uma atitude sensata, correta, apropriada à situação que procura comentar.

Na política é muito comum se afirmar que uma liderança deu uma “pisada na bola” ao se posicionar de forma apressada ou precipitada sobre determinado assunto. Isso pode acontecer até com políticos de longa e respeitada jornada no exercício de atividades como “pessoa pública”. Foi o caso do presidente Lula na insinuação de que as ameaças do PCC contra o ex-juiz Sérgio Moro seria uma “armação” do próprio.

A não ser que possua informações privilegiadas neste sentido, o que, mesmo assim, não justificaria torna-las públicas, o presidente errou ao fazer tal afirmação. Não só por que não há evidências quanto a ocorrência denunciada, pois as investigações foram conduzidas pela Polícia Federal que está sob o comando do Ministro da Justiça do seu governo, mas, igualmente, porque ele na condição de Chefe de Estado não pode se dar ao direito de fazer especulações aleatoriamente.

Todo mundo sabe que o presidente tem razões sobradas para não gostar do senador Sérgio Moro, principal responsável por coloca-lo, sem provas, numa prisão por 580 dias. Porém, isso não o autoriza a cometer o mesmo erro de acusa-lo sem provas.

Por outro lado, o ex-juiz incompetente e suspeito, agora político, no.aproveitamento da operação Lava Jato, que, diga-se de passagem, foi inteiramente desmoralizada pela anulação dos atos condenatórios por ele praticados, queira transformar o fato num movimento político, posando como vítima. O Brasil já conhece bastante quem é Sérgio Moro. Um magistrado que fez da toga um instrumento para se tornar político.

A verdade é que Lula foi não foi feliz na afirmação. Precisa ter mais cuidado nas suas declarações. Afinal de contas ele não é somente o grande líder popular, reconhecido no mundo inteiro, mas o ocupante do cargo mais importante da nossa República. Não deve dar oportunidade para que seu algoz se coloque como vítima.

A grande missão de promover a reconstrução nacional que o povo brasileiro lhe confiou, recomenda não alimentar debates desnecessários com figuras menores do cenário político de nosso país. A Nação brasileira necessita agora, mais do que nunca, da ação patriótica do estadista LULA, PAZ E AMOR que conhecemos, deixando que a História se encarregue de revelar quem está com a verdade.

Rui Leitão

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