Os políticos fracos e as perdas que temos e vamos ter

Amigos leitores. Há muito que nossa cidade cresce de uma forma anormal; uma gigante em alguns setores, e se atrasando cada vez mais em outros, na educação, fazemos inveja a muitas de nossas co-irmãs, com nossos mais de 40 cursos superiores, e os mais que estão a chegar, além de sermos referência no ensino médio: quase ninguém sai de Cajazeiras para estudar fora, enquanto uma multidão vem diariamente estudar aqui, e ainda temos a mostrar nossas duas universidades, o CEFET, mais a Faculdade Católica da Paraíba, criada pelo nosso Bispo diocesano, aproveitando a estrutura da antiga FAFIC.

Noutras áreas, também temos nos destacado, como é o comércio, que não só se expande, mas consegue atrair grandes lojas de redes nacionais, Isso não é de graça.

Mais em termos de órgãos estatais, Cajazeiras incrivelmente, encolhe ou pelo menos fica estagnada, e a reboque de outras cidades até menores do que a nossa. A única Vara do Trabalho que fechou foi a nossa, apesar de termos dois cursos de Direito, formando quase uma centena de juristas por ano, temos uma comarca de segunda entrância, como São José de Piranhas e São João do Rio do Peixe, nosso posto de Policia Rodoviária vai para Aparecida, nossa receita Federal se resume a dois funcionários na Casa da Cidadania, Possivelmente nossa Coletoria Estadual está para ser transformada em posto de Atendimento, e nosso HUJB, que foi hospital de referência para uma região de 600.00 habitantes, agora funciona, ou funcionava até há pouco como extensão do curso de medicina da UFCG, sem atender às nossas crianças. Dr. Júlio, e quem construiu aquele empreendimento pioneiro, devem estar se sacudindo de raiva em seus túmulos.

Mas qual o motivo dessa situação? Simples: nossos lideres são além de fracos, indiferentes aos destinos de nossa cidade. Já passa do tempo de que se esqueçam suas diferenças pessoais e políticas e pensem em nossa cidade. Vi há pouco, nas mãos de Dra. Vanessa Rolim, uma foto líderes de todas as correntes políticas, entre elas os supostos arquiinimigos Bosco Barreto e Epitácio Rolim, lado a lado, junto com Dr. Júlio Bandeira a reivindicarem nosso Hospital Infantil, Hoje não, qualquer pessoa que consiga se destacar no nosso meio, é considerado um potencial “candidato a prefeito”, e considerado inimigo de todas as correntes. Ora é justamente dessas pessoas que precisamos, dou o exemplo de Adjamilton Pereira, a quem servi como membro do Conselho de Saúde, quando alguma cidade conseguia alguma coisa, ele ia atrás de conseguir uma compensação para Cajazeiras. Como tem um programa radiofônico bastante ouvido, já começam a inviabilizar sua suposta campanha a prefeito.

Outra coisa que nos atrasa é a nossa representação na Câmara Alta. Em vez dos Gobiras da vida, absolutamente inviáveis, ou da pulverização dos nossos votos para cinco, seis candidatos, eu sonho (não custa sonhar), que nossas lideranças escolhessem um candidato, no máximo dois, e propusessem conjuntamente nossas reivindicações concretas: Perimetral Norte, Sede da Zona Franca, projetos para distribuição das águas da transposição, entre outras, e que se fizesse a campanha para esses que se comprometessem.

Eu me lembro da marcha em prol do curso de medicina, e está aí, formando médicos, o resultado aconteceu. Podíamos fazer do mesmo jeito, mas se nossos interesses mesquinhos prevaleceram, vamos continuar a ser penalizados.

É Isso

P.S. – Ofereço esses escritos a Jarbas Sobreira Moreira, amigo de décadas, que morava no lado pobre da Rua dos Ricos, Filho de Moreira e Dona Gilda, era professor.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Publicações relacionadas
CLIQUE E LEIA

Ao turista

Aqui, moço, dormia uma onça – não sei se pintada. Chamam este lugar de furna; se fosse um…
CLIQUE E LEIA

O homem bom

O homem bom não se constrói em fábricas, e nem se acha com a facilidade pelas estreitas vias…
Total
0
Share