O maior amor do mundo

Hoje (23/3/2015) meu filho, portador de necessidade especial, completa 30 anos. Este jovem que me ensinou sem emitir palavras que os versos da vida são compostos com a simplicidade das nossas ações.

Vitimado pela insegurança, e pelo não reconhecimento do arrependimento, tornei-me joguete da nostalgia e depressão, perdendo a liberdade de crer, face ao estado sombrio em que me envolvi.

Esqueci que era meu filho, e busquei por estranho caminho, a oração de despedida por torcer que uma patologia de bom grado o levasse.

Os seus olhos de encontro aos meus, mostrava de forma carinhosa o poder maior de Deus de saber perdoar e compreender a sua chegada, e a cada instante ele me perdoava. Eu não buscava enxergar, porque meu ódio era maior que qualquer momento de paz ou fé, do que qualquer momento de amor.

Após o primeiro ano, senti em meu coração que meu filho era a joia mais preciosa que entrou em minha casa, e que o ourives por mais especialista, não conseguia reproduzir ou lapidar, em forma de santo a beleza do meu especial.

Meu filho se tornou a mais preciosa de todas as pedras que nenhum ourives teria a capacidade de reproduzir, meu filho é a mais bela canção de amor que o próprio silêncio faz questão de ouvir.

Meu filho representa a soma de todos os amores, assim como o branco é a soma de todas as cores, se tornou milagre porque me fez sentir dentro do peito o desejo de seguir adiante.

Meu filho é a coberta estrelada que acalma os momentos de minha solidão, o seu sorriso espelha de forma constante a representação de uma visita de um santo.

Ele é a paz que gosto de ter, a terapêutica sem efeitos colaterais, o maestro dos meus versos que se transformam em canções para vencer as tempestades do cotidiano.

Ele simboliza o que existe de melhor a cada momento, sem emitir palavras nos ensina orações mais fortes do que muitas orações, pelo seu jeito sincero de ser.

Passei a crer que nosso filho era como uma árvore de madeira nobre numa floresta; uma árvore que talvez não crescesse tão rápido quanto as outras árvores, mas com certeza produzia em seu amor uma madeira extremamente valiosa.

Hoje meu filho é feliz por nos mostrar a felicidade; embora consiga realizar menos coisas e viva num mundo menor do que as minhas filhas saudáveis, ele com certeza é mais feliz em sua “cabana” do que as filhas em seu “castelo”.

Meu filho exala o hálito de amor, pois com sua simplicidade nos trouxe harmonia, nos mostrou que as alegrias são para serem cantadas, as lágrimas devem ser guardadas, as cruzes por mais pesadas devem ser levadas, e a estrada que caminhamos têm o seu poder de força.

Bendito seja o momento em que o meu coração sentiu e permitiu que eu pudesse curtir as minhas esperanças, para que pudesse reconhecer que nem sempre os erros da formação espelham cruzes pesadas que não possamos carregar.

Meu filho é belo, é amor sobre forma imbatível, pois muitos têm os seus, e perdem no caminho da dor por acidente ou drogas, perdem por desejos maléficos que o mundo por maldade faz questão de ensinar, após o portão.

Meu filho transmite a paz nas minhas batalhas diárias, rejuvenesce o dia de minha intensa incerteza, me faz sonhar acordado e ter a verdadeira virtude de viver feliz.

Meu filho traz a confiabilidade da cada momento me faz compreender que a pequena cruz que cruzou o nosso caminho, não pesa nem um pouco com relação a sofrimentos de tantos.

Parabéns nosso Léo, que por suas ações de cada dia continue nos mostrando que a felicidade às vezes não necessita de camisa ou trajes a rigor, mas a fantástica ação do amor.

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