Não é hora de voltar às ruas

Não devemos entrar numa disputa com os irresponsáveis para ver quem contamina mais. Por isso entendo que não é hora de voltarmos às ruas, ainda que a vontade seja grande. Eles, liderados por um inconsequente negacionista, desrespeitam as orientações sanitárias e aglomeram em manifestações políticas. Estão no estado de desespero, porque já percebem que são minoria e precisam fazer barulho para dar a impressão de que são muitos.

A maioria silenciosa que se posiciona contra os ataques à democracia não pode aceitar a provocação e cometer o mesmo erro deles. Aguardemos as condições seguras de ocuparmos as ruas sem o risco de contágio. Por enquanto a nossa luta deve ser feita através das redes sociais e debates em pequenos grupos. Os inimigos da democracia estão se destruindo pelo próprio comportamento. A prudência recomenda que não devamos entrar no jogo deles.

Somos do grupo da paz. Vestimos a camisa da harmonia. Obedecemos a legalidade. Nossa reação, se até a eleição não for possível em praça pública, será feita nas urnas. Todas as recentes pesquisas de opinião pública demonstram que a tendência forte é a de que os inimigos da democracia serão derrotados. E é por isso que, assustados, partem para a desesperada decisão de promoverem aglomerações.

Sejamos pacientes e sensatos. Os negacionistas, com essas atitudes, ao contrário do que imaginam, estão construindo a própria desmoralização. Qualquer pessoa com um mínimo senso de responsabilidade desaprova essas manifestações que ameaçam a democracia e a saúde pública.

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