Carnaval e futebol, como a própria vida, costumam nos apresentar duas faces: a glória e a efemeridade. Explicando-me melhor: naqueles como nesta, há os momentos de alegria e vitória, representados pelo brilho de uma festa – o durante – e pela tristeza do depois – uma “quarta-feira ingrata”, por exemplo, e pelo triunfo de nossa equipe, algumas vezes, certamente, ofuscado por derrotas que nos magoam. Na vida, por semelhança, desfrutamos da alegria das vitórias obtidas em ações cotidianas que, fatalmente, desembocarão nos efeitos da ausência, quando da “partida” para outros horizontes.
O casal Chico Correia e Maria Augusta representava, em nossa sociedade, o que se pode considerar um casal “resolvido”, que era “enfeitado” pelo seu querido filho Francinaldo que, por algum tempo, fez a alegria da galera com suas magistrais atuações como goleiro que foi do Estudante.
Chico Correia foi artilheiro maior do Tabajaras, chefe de setor da Chevrolet (Lyra & Pinheiro, ali no final da Praça João Pessoa), para onde foi levado por Antônio Rolim, sócio da referida firma e, com o fechamento desta, passou a integrar o quadro de funcionários da antiga Saelpa, tendo deixado uma plêiade de amigos e admiradores.
Já Maria Augusta firmou-se, em nossa sociedade, como exímia cabeleireira (hoje, seria uma coiffeuse de mãos de fada). A morte trágica do filho, amado pelos pais como pela sociedade futebolística cajazeirense, veio a dizimar a família, deixando-nos dela a saudade perene.
Na foto, o casal se faz acompanhar de outro casal seus amigos: Babi (o Tigre do Abiahy, do Banco do Brasil), o centroavante artilheiro do Atlético, e sua esposa Marta, em desfile carnavalesco, com as suas amigas de então.
