Eleições ontem e hoje

Caros leitores. Como as eleições se aproximam, vou tentar traçar um paralelo de como é esse processo hoje e como era nos tempos de nossos pais/avós. Tive a inspiração para escrever essas linhas em conversa recente que tive com Alexandre Costa, que tem dois predicados não muito comuns nessa nossa terra, auto denominada de “da cultura”, é uma pessoa que apesar de ter suas convicções próprias, não questiona a dos outros, e se consegue entabular uma conversa de nível morando aqui em Cajazeiras; estávamos conversando sobre a sucessão de José Aldemir na Prefeitura, de quem seria o candidato.

Lembrei de alguns nomes, inclusive o dele, mas ele rechaçou de pronto, no que eu concordei: nesse tipo de política que se faz hoje, dá nojo entrar numa campanha. E ficamos a analisar como se fazia política nos tempos de nossos pais e como se faz política hoje. Naquele tempo, o problema tanto da UDN (o partido de minha família), quanto no PSD, (Partido de seu pai, Seu Tota Assis), era convencer algum elemento do partido para ser o candidato a prefeito, pois quase todos os grandes quadros relutavam a ceder seu tempo, o de seus negócios particulares para ocupar a Prefeitura e depois, mesmo sem terem feito malversações de dinheiro público, serem chamados de desonestos, no passado, não haviam os FPM de hoje, nem as verbas do orçamento e as prefeituras tinham que “se virar”, com o pouco dinheiro arrecadado com os impostos municipais; no tempo de Cel. Matos, ele tirava dinheiro do bolso para complementar a folha da Prefeitura.

Hoje, existe até o Fundo de Campanha, que é repassado aos partidos, e existem mil formas de comprovar fraudulentamente que essas verbas foram efetivamente gastas na campanha; por isso, essa quantidade imensa de candidatos, e durante as administrações, existem os fundos repassados e os projetos aprovados, que também podem ser superfaturados. Assim, a política fica cada vez nas mãos de pessoas inescrupulosas ou de aventureiros, tipo, se colar, colou, sem ter uma base eleitoral forte para os sustentar, e os cargos públicos ficam para esses profissionais que pouco se importam com suas reputações. Para sair dessa, urge medidas de combate à corrupção, muito mais poderosas, para que os cidadãos de bem venham a ocupar esses cargos, que antigamente eram chamados de “encargos”,  um peso, mais que uma forma de enriquecer.

Boa sorte para nós no dia 2 de outubro.

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