Dia Mundial do Livro

Eu não sabia que ontem, sexta-feira 23/4, foi o dia mundial do livro. Logo eu, que gosto tanto de livros.

Sou péssimo para datas comemorativas. Sou tão ruim para isso que, certa vez, bem no início de meu relacionamento com minha esposa, esqueci de seu aniversário. Ela, que nunca esqueceu o meu. Minha memória é boa para um monte de coisas, mas não para efemérides.

Por isso peço desculpas aos bibliotecários, profissionais do ramo do livro, por essa minha amnésia cultural. Então, peço desculpas a mim mesmo, pois sou bibliotecário. Ah, só descobri esse dia porque vi uma propaganda muito bonita num jornal, do Instituto Nelson Wiliams, que nunca ouvi falar, mas que cito aqui porque gostei do desenho ilustrativo.

O livro, sabemos, é um fetiche. É um objeto que praticamente todo mundo gosta de cultuar, lhe atribuir valor mágico. Mesmo os que não gostam de lê-lo, respeitam-no como símbolo de grandeza.

Vez ou outra, ou, vou ser mais sincero, uma vez aqui e outra lááááá longe, alguém quer saber pelas redes sociais o livro que você está lendo no momento, ou o que você mais amou, qual seu escritor preferido, o assunto que você mais gosta de ler…

Pelo zap, tenho amigos que sempre me mostram as capas dos livros que estão lendo. Como eles sabem que gosto de beber uma cervejinha, enviam as fotos dos livros ao lado de uma taça de vinho, de um copo com cerveja ou outra bebida de sua predileção. No entendimento deles, e do meu também, ambos os hábitos, beber e ler, é uma celebração de vida, é uma sensação de bem-estar, de elevação da alma. E nós respeitamos profundamente quem é abstêmio. De bebida e de livros.

Geralmente, quem gosta de ler livros, fica curioso quando vê alguém com um entre as mãos e quer saber o que ela está lendo. No ônibus, no avião, numa praça – coisa rara -, numa mesa de bar…. Não, isso não. Numa mesa de bar a garrafa é superior ao livro. Cada um em seu departamento.

No avião eu até estico o pescoço disfarçadamente para ver o título ou o autor se alguém está lendo livro ao meu lado. E se descubro, começo a imaginar o perfil daquela pessoa. Se for livro técnico ou ensaio, idealizo ser um baita profissional, pois até em viagens se preocupa com seu métier. Se for romance, poesia, presumo ser leitor voraz e bastante maleável para papear. Vou construindo essas conjecturas na minha cabeça como se fosse, como se fosse… digamos… digamos, um psicólogo a traçar a personalidade das pessoas pela leitura de livros. Faço isso só por especulação, por imaginação. Nada à sério. Diversão da mente.

Falei, falei, falei e não disse o que estou lendo no momento. Estou lendo o Manual de Redação da Folha de São Paulo, publicado pela Publifolha, 486 páginas, 2018. Como sou leitor assíduo de jornais, está me dando uma verdadeira aula de como é feita uma notícia, como é o funcionamento em detalhes de um grande jornal, o que é o profissional jornalista. Muito bom. Indico.

Escrevo esse texto no sábado à noite, bebendo cerveja. Vou fazer uma pausa para abastecer o copo. Só um instantinho.

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Pronto, voltei. Que delícia de golada! Geladíssima!

Como você deve ter observado, a ilustração desse texto é uma foto minha com livros. Hoje em dia o cachorro e o gato, entre outros bichinhos, são seres de estimação familiar. Em cima disso, solicito, se for possível, poste aqui, nos comentários, uma foto sua com livro. Faça uma selfie, alguma foto, com um livro, qualquer livro. A bíblia, um livro do vizinho, de seu amigo(a), o livro da escola de seu filho… Não importa que você esteja lendo ou não. Demonstre amor ao livro como você demonstra ao seu bichinho de estimação.

Tá com vergonha? Que nada! Posta aí, vai, vai, posta. Olha lá, heim! Estou esperando sua foto com um livro.

Além das campanhas de salvem as baleias, salvem as tartarugas, salvem o mico-leão… salvem os livros!

Se não quiser publicar, fique à vontade. Abraços e beijos. Fui!

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