Dia das Mães (a todos que sentiram sua mãe como eu senti)

Mãe, você era à melodia completa e magistral, que até o silêncio gostava de ouvir, você era à esperança dos meus momentos, e hoje eu vivo só.

Você era à paz que me confortava, o riso que necessitava os momentos dos meus momentos, que amenizava a tormenta do meu dia e transformava meus erros em verdade.

Você era minha festa maior, meu exemplo de vida, minha ponte para atravessar as malicias da vida, e o repouso da minha solidão, e hoje eu vivo só.

Você era o mar calmo do meu momento de dificuldade, a perfeição de Deus que se fez mulher, e acima de tudo a semente de todas as virtudes.

Você era a figura humana de tanta doçura, que hoje arrastado como um desvalido vivo nas sombras da saudade busca em pequenas memórias a grandiosidade dos seus gestos, e hoje eu vivo só.

Você era o perfume das flores, a brisa amiga, o mar que murmurava canções de ninar e apesar de tudo de bom não soube aproveitar, e hoje vivo só.

Você era minha voz quando não podia clamar meus olhos na escuridão dos meus passos, e minha arvore frondosa que protegia das tempestades da vida.

Agora resta o agradecimento a Deus pelos bons momentos que compartilhamos, e que por acha-me extremamente ocupado perdi a chance de aproveitar, e hoje no sepulcro do meu coração me acho só.

Você é o verso de cada dia, os seus olhos permanecem vivos aos meus olhos e na tristeza da estrada procuro encontrar a sua imagem a beira do meu carinho para ouvir os seus conselhos.

Eu me consolo pela perda, mas não me convenço da ausência, pois embora Deus me tenha sido tão bom, ainda eu me sinto um pequeno menino na saudade das saudades.

Aproveitem este dia; saibam compreender que o riso com o passar do tempo se transforma em lacuna, e com certeza chegará o fatídico dia em que reconhecerá que eras feliz e não sabia.

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