Cajazeiras e as grandes causas 3.0

Como nessa semana o criador foi generoso e não nos tirou de nosso convívio nenhum cidadão que mereça na mina opinião ser objeto de um texto tipo obituário, prossigo no tema em que tenho me dedicado nas últimas crônicas que escrevi. As grandes obras que estamos a necessitar e precisamos não só reivindicar, como trabalhar para que elas se realizem.

Nossa cidade dispõe de muitas (e não ouso me incluir nelas), mentes brilhantes e dissociadas com o mesquinho e fisiológico processo político a que tem que se submeter todos os que desejem ser eleitos para qualquer cargo nessa cidade. Há muito tempo quando eu era jovem menos feio e dispunha de algum dinheiro, fui interpelado por alguns amigos porque não me candidatava a nenhum cargo eletivo, e respondi o seguinte: porque se eu me candidatar, para vencer, terei de comprar votos, e não considero esse voto legítimo e esse meu mandato seria ilegal, e acrescentei, “não é freqüentando o cabaré que se vai acabar com a prostituição”. Existem outros meios, que não a política em que possamos dar nossa contribuição a nossa cidade. De fato, nós, e depois o grupo Patamuté, depois a AS Têxtil, conseguimos fazer em Cajazeiras um pólo têxtil, que nem o poderoso  Juazeiro do Norte dispõe, ou seja, fizemos nosso dever de casa, sem nos submetermos às picuinhas da política paroquial.

Mas, voltando ao tema principal, urge que tenhamos o discernimento para esquecer nossas diferenças e formar uma comissão suprapartidária, em que sejam contemplados as cabeças pensantes de nossa comunidade e venhamos a projetar Cajazeiras para daqui a 30, 50 anos ou mais, a transposição está aí, a energia solar e uma realidade cada vez mais presente, e vamos ter o que nunca tivemos: água e energia: urgência se faz para que tenhamos que haver um grupo trabalhando com essas novas realidades pensando no futuro e os novos horizontes que estão se abrindo, não podemos nos dar ao luxo de deixar tudo isso nas mãos de pessoas sem capacitação.

Quem me falava sobre esse assunto, de planejar Cajazeiras para o futuro, foi o primeiro secretário de planejamento de Zé Aldemir, Antônio Ricardo, mas e talvez por isso, pouco durou. Outro grande quadro que possuíamos era Adalberto Nogueira, que como queria “fazer o certo”, e era intransigente com irregularidades, feriu suscetibilidades e soube que foi demitido pela imprensa.

Outro caso foi Adjamilton Pereira, que concluiu o HRC com verbas conseguidas para o município, e realizou muitos feitos memoráveis que testemunhei e aprovei como membro do Conselho Municipal de Saúde, inclusive o prédio que hoje funciona essa secretaria, e que não teve o prazer de inaugurar a obra começada e praticamente concluída por ele.

É de pessoas assim, e não de buscadores de votos nas periferias que temos de dar espaço, mas ”a danada da política paroquial”, não deixa.

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