Brasil: um desapreço aos aposentados que percebem mais de um salário

Depois de tantas lutas, decepções e desenganos dos nossos aposentados que recebem a cima do Salário  mínimo, mais uma vez o Governo Federal passa-lhes as pernas na questão  do percentual dado a essa classe que há muito tempo numa luta renhida  vem lutando pelos seus direitos. Mais uma vez as autoridades que  governam este país, depois de terem achatados aos longos dos anos os  proventos dos aposentados a que me refiro, vêm executando uma política  diferenciada para os que percebem o chamado salário mínimo.

O  pior em tudo isso é o engodo para ludibriar esses pobres coitados cujos  compromissos aumentam dia-a-dia em face da idade e da saúde. A compra  de medicamentos caros quase sempre levam embora 30 ou mais por centos do  que lhe são destinados no benefício da Previdência Social. Pois bem,  este ano não foi diferente em relação aos anteriores. Falou-se tanto em  ganho real para os que percebem acima do salário mínimo, que aos ouvidos  desses aposentados, tudo sairia de conformidade com o anunciado. Ledo  engano!

Pois  bem: nos últimos momentos para aprovar o orçamento de 2012, o Governo  Federal suou frio, mas conseguiu aprovar o que queria, no entanto, não  fez a inclusão do ganho real dos aposentados acima do salário mínimo. O  deputado Federal Paulo Pereira da Silva (PDT/São Paulo), e o Presidente  do Sindicato Nacional dos aposentados, pensionistas e idosos da Foça  Sindical, João Batista Inocentini, garantiram em plenário o compromisso  de todos os líderes do Partido, incluindo o PT e o PMDB, que até o final  de fevereiro será criada uma comissão do Governo para discutir uma  política permanente de recuperação do poder de compra dos aposentados  acima do salário mínimo.

Não  sou pessimista, mas tomara que aconteça. Acontece que essa turma, anos e  mais anos, se reúne e no fim termina em pizza essa história; pois o que  se vê, é um verdadeiro desapreço para quem trabalhou muitos anos e  contribuiu religiosamente com a Previdência pública desse país, que  hoje, de modo desavergonhado não paga aos seus beneficiários da mesma  forma como eram as suas contribuições que lhes assegurava o valor real  de salários de acordo com o que contribuíam.

Inocentici e Paulinho otimistas… “O  compromisso em Plenário de todos os líderes de partido é uma grande  vitória nossa. Finalmente todos estarão envolvidos e de acordo com a  discussão de uma política permanente de recuperação dos benefícios  desses aposentados, assim como já é feito com a política de recuperação  do salário mínimo”, festeja Inocentini.

“Foi  melhor do que esperávamos. No ano passado conseguimos incluir no  orçamento o ganho real, mas o Governo não cumpriu. Agora temos o  compromisso de todos os líderes de partido que vamos discutir uma  política permanente de recuperação do poder de compra, o que é um grande  avanço para os aposentados”, disse Paulinho.

Muitas  mudanças em artigos foram feitas com facilidades no que diz respeito  aos aposentados na Constituição/88 e do Estatuto do Idoso. FHC fez corte  da fragilizada aposentadoria de 18%. Lula cortou mais 42% dos  manipulados proventos, já Dilma com ares de grande vitoriosa nos tirou  mais 8%.

Com  a imoralidade desses cortes, já perdemos 68% das nossas aposentadorias,  que se as leis não fossem modificadas, ou, se não houvesse alteração  nas regras de um jogo no meio do prélio esportivo, os aposentados  estariam tranquilamente recebendo o valor condizente de suas  contribuições dos 35 anos passados.

Não  paremos no tempo e no espaço, vamos cobrar cobertos de direitos dentro  da ordem pacífica, porém com veemência, a validade da mesma correção dos  14% para todos os aposentados. Aliás, nenhum trabalhador brasileiro  deveria receber aumento menor do que este percentual de 14%.

Foi  deste modo que a sociedade juntou-se aos aposentados em 1991 para  exigir os mesmos 147% dado de reajuste para os aposentados que ganhavam o  salário mínimo, e para todos os outros aposentados do mesmo regime,  porque já estava resolvido que estes ganhariam somente 54%.

Como  vemos essa perseguição já é bem antiga. Vamos ressuscitar o efeito  moral contido no “Affair 147” esperemos que isso aconteça logo agora em  fevereiro.

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