Brasil rachado

Marcado por sobressaltos logo no início do novo governo, o lamentável episódio que ficou conhecido como o 08 de janeiro se tornou cavalo-de-batalha da esquerda brasileira com uma falsa narrativa de atentado aos poderes constituídos perpetrados por terroristas que pretendiam dar um golpe de estado para destituir o governo recém-empossado. Pura balela! Tratava-se, isso sim, de um aglomerado de baderneiros extremistas de direita, descontentes com os resultados das últimas eleições que partiram para um quebra-quebra generalizado na sede dos três poderes em Brasília naquele domingo fatídico.

A mídia militante embarcou na onda classificando o ocorrido como um golpe terrorista para tomar o poder. Com a apuração real do fato a população brasileira constatou que era impossível um grupo de arruaceiros darem um golpe de estado sem um simples canivete. Caía por terra a tese do ato terrorista para dar um golpe de estado no Brasil. A partir daí a mesma mídia militante abruptamente muda a narrativa e passa a chamar o evento de atos antidemocráticos.

Embora reconhecidamente com baderneiros, todos os envolvidos foram condenados pelo crime de abolição violenta ao Estado Democrático de Direito numa ação penal que amarga pena de até 17 anos de cadeia, fato que contrasta com eventos similares que ocorreu em 2006 com invasão e destruição parcial da Câmara dos Deputados pelo MLST e em 2013, quando militantes esquerdistas, durante o Movimento do Passe Livre, invadiram e quebraram tudo no Congresso Nacional e atearam fogo no Ministério do Exterior (Palácio do Itamaraty). Ninguém foi preso ou indiciado. Estaria sendo instalada no Judiciário brasileiro a abominável prática dos “dois pesos e duas medidas”?

Entendo que o acontecido em 8/1 e seus efeitos aprofundaram o fosso da polarização ideológica brasileira entre a direita e a esquerda, e o mais grave, lideres destes dois polos antagônicos instigam seus militantes a cada dia com desdobramentos nefastos para a sociedade brasileira sem nenhuma perspectiva de união ou qualquer tipo de convivência civilizada no campo democrático.

O lulopetismo e bolsonarismo precisam desta polarização para se manter vivos na disputa pelo poder e investem pesadamente nisso. Eles se retroalimentam. Basta verificar que depois da vitória de Lula o ódio nas redes sociais explodiu. É ódio e ressentimento de ativistas bolsonaristas contra o ódio e revanchismo dos lulopetistas. Uma carnificina digital fratricida onde ninguém ganha apenas fomenta a cizânia da nossa sociedade.

Na sua mensagem de Natal o presidente Lula foi para televisão pregar a pacificação nacional afirmando que “falta restaurar a paz e a união entre amigos e familiares, somos um mesmo povo e um só país”. Lorota! Que proposta de pacificação é essa onde o presidente abertamente chama o agronegócio de fascista o setor econômico que carrega o Brasil nas costas, vocifera que a sua meta é fud… o Moro e fecha o ano indicando paro o STF um agente politico terrivelmente comunista?  

 Não vislumbro pacificação nacional alguma enquanto estes lideres populistas não forem varridos da cena politica, até lá o Brasil vai continuar rachado.  

1 comentário
  1. Observa-se falta de sintonia entre o discurso e a prática no lulopetismo. Não vislumbro bandeira branca em um futuro próximo.

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