As crises artificiais e o que é crise real

No nosso país existe uma pseudo elite que sempre quis e durante muito tempo efetivamente mandou no, acertadamente denominado por Jorge Bem de “Patropi”, e que vive a praticar a Lei de Gérson (levar vantagem em tudo), que na última eleição viram o governo do PT fraco (e efetivamente o é), comandado por uma tecnocrata sem o menor pendor para as articulações do mar da política, e resolveram tomar mais uma vez as rédeas da Nação. Que o PT tem o seu lado podre, até as pedras sabem, dentro e fora do PT tem aproveitador saindo pelo ladrão (e que ladrão!!!) em todas as partes e em qualquer nível de nossa multicolorida pátria adormecida, que seve como âncora e o pais não consegue sair do estado de letargia. Uma quadrilha fica substituindo a outra. Uma das mais perigosas se esconde no PSDB.

Assim, quando se viu a oportunidade de recapturar o país e entregar aos mesmos que mandaram há dez anos atrás e colocaram o Brasil no segundo lugar entre os mais concentradores de riquezas do mundo, ou seja: Como deve estar pensando um capitalista selvagem escondido na selva de pedra da Paulicéia Desvairada? Assim: Não é suficiente a gente ganhar; os cabeças–chatas do Nordeste também tem que perder p`ra gente poder chamar eles de vagabundos e parasitas. Dessa vez quase conseguiram: perderam por detalhe, pois tiveram que primeiro acabar com Marina (que teve a má idéia de dizer a verdade), e depois com a fraca Dilma, que não caiu nessa, mentiu e ganhou por cabeça.

Insatisfeitos com a quase vitória, eles apelaram para o mais maquiavélico dos recursos: A Crise Institucional, anabolizada pelo fraco desempenho da Presidente nas pesquisas e o fato de que se teve que retardar os remédios amargos para se vencer o pleito, então se cria um clima de catástrofe para o país e se tenta todos os meios para que esses voltem ao poder e ser restaure a “pauliceiocracia”: Tudo para o Sul-Sudeste e o Nordeste com as migalhas, se sobrar.

Entre as armas dessa estratégia, tem a baixa (ou retirada) no grau de investimento do país, atestada pelas Agencias Internacionais de Risco. Agora, somente para refrescar a memória do leitor: Onde estavam esses Sábios do Sião em 2008, na maior crise financeira da História, que quase quebra o sistema financeiro mundial? Atestando o “investiment grade” dos bancos americanos, que se o governo de lá não tivesse investido uma fábula de (pasmem) um trilhão de dólares, quase todos os maiores bancos dos Estados Úmidos quebrariam, pois quando houver uma corrida aos bancos para sacar, pela própria idéia de um banco que pega seu depósito e empresta a outro e outro sucessivamente, se todos os depositantes forem sacar, não existe tal dinheiro e o banco não pode pagar. A idéia do banco reside no fato de que todo o depositante acredita que o dinheiro de seu depósito está lá. Estas agências têm a mesma credibilidade das entrevistas do nosso (graças a deus, Não) conterrâneo Mailson da Nóbrega, que fica a dar conselhos e avisos, e quando foi Ministro, deixou a inflação em 82 % (ao mês), e cuja única obra para Cajazeiras foi fechar a agência da Receita Federal local. Os fatos falam por si: Admiro a inteligência de Mailson, mas não seu pedantismo, e desconfio da honestidade de suas intenções.

Outra balela é que a Europa está preocupada com a crise brasileira. Ora, nem com a da Grécia, que repentinamente evaporou da grande mídia, eles lá estão investindo milhões, e fazendo qualquer acordo com os gregos, existe uma real e iminente questão de uma invasão mulçumana que está ocupando as mentes dos europeus, alguma “marolinha” (na terminologia Mailsoniana) num país do outro lado do Atlântico é coisa secundária ou, antes pelo contrário, com a chegada desses refugiados, e que tem de ser alocados e distribuídos pela Europa, a União Européia pode ficar inviável, e para a segurança de valores e investimentos, como prevista por Edward Gibbon há quase trezentos anos de outra forma, a invasão está se dando pacificamente; como ele disse: Para a Cultura Ocidental (e suas finanças) vai restar a América, resguardada pelos milhares de quilômetros que o Oceano Atlântico separa. A Petrobrás, situada do lado certo do Atlântico, com suas ações sub-valorizadas, deve ser considerada mais como um bom investimento a longo prazo, do que uma ameaça.

Assim, com o aparecimento de novos bichos-papões, vai-se esvaziando a tão sonhada crise institucional do nosso país, e os espertalhões de agora devem esperar mais outra oportunidade.  Restam os problemas reais, que a gente, como nação temos que resolver, e sem a ameaça do Isis, e de seus dissidentes islâmicos em nossas fronteiras.

Diminuir nossa a incompetência e controlar os ladravazes (acabar não, pois todo mundo aqui tem um pouco de fora-da-lei), e aperfeiçoar a democracia. Ainda podemos fazer e muito e acabar com esse negócio de país do futuro que nunca chaga. Chegou, e a gente tem mesmo é que jogar fora o complexo de vira-lata, e abolir a Lei de Gerson…

Voltar ao passado, como querem os golpistas, seria a pior das saídas.

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