Anônimos na luta em defesa da democracia

O manifesto em defesa da democracia que será lido em todas as capitais do país na manhã do dia onze de agosto, não recebeu assinaturas apenas de famosos. Já conta com mais de setecentas mil adesões, incluindo anônimos. São os brasileiros que, apesar de não serem conhecidos nacionalmente, têm consciência cívica e querem entrar na luta em favor do restabelecimento do Estado Democrático de Direito.

Não estou falando do anonimato covarde dos que preferem não se identificar quando emitem opiniões ou assumem posições políticas. Refiro-me aos que, mesmo não sendo celebridades ou ocupando postos de destaque na vida social do país, decidiram integrar esse movimento de enfrentamento às forças reacionárias que querem matar a nossa democracia.

São guerreiros silenciosos, mas determinados a irem para a trincheira de luta, fortalecendo as ações que vêm sendo desenvolvidas em todo o Brasil contra as ameaças golpistas da extrema direita. É, acima de tudo, um exercício de cidadania a que todo brasileiro, comprometido com os princípios democráticos estabelecidos a partir da Constituição de 1988, deve abraçar com coragem e entusiasmo.

União e diálogo são essenciais neste momento histórico que estamos vivendo. Por isso a necessidade de que se formalize uma frente ampla com participação de famosos e de anônimos, defensores da democracia, que desejam salvar o Brasil do golpismo planejado. Combatentes pela soberania nacional, esses “anônimos” representam a força popular que vem crescendo na resistência aos projetos de autoritarismo idealizados pelos saudosistas da ditadura militar.

A memória histórica de nosso país exige essa reação coletiva, de forma a impedir que prosperem esses discursos de ódio, de intolerância, de ataques às instituições republicanas e ao processo eleitoral vigente desde a redemocratização. O Brasil precisa de paz e de reencontro com um ambiente de congraçamento entre todos os compatriotas, considerando a unidade nacional como pressuposto fundamental para que possamos reconstruir uma nação onde impere a justiça social e a democracia plena.

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