Uma cidade vocacionada

Não me canso de dizer e transmitir aos meus leitores que Cajazeiras é uma cidade vocacionada às artes. Evidentemente que artes têm tudo a ver com artistas. Mas, artistas na verdadeira acepção da palavra… Não é por acaso que servimos de berço a nomes que hoje são renomes no cinema, teatro, música e afins.

E, por falar em música, quem se não há de lembrar das memoráveis festas dançantes nos salões do Cajazeiras Tênis Club, embaladas ao som revival da nossa querida Orquestra Manaíra, capitaneada por Mozart, sob a batuta do maestro Rivaldo Santana e com instrumentistas bem ensaiados pelos irmãos Cabrinha?!…

De cinema, já lhes falei, recentemente, aqui mesmo na Coluna. O teatro!… Ah! O teatro que nos ofereceu espetáculos marcantes, tanto no habitat doméstico – escolas, colégios e semelhantes –, mas fazendo sobressaírem-se os palcos do referido Tênis Clube, dos Colégios Salesiano/Diocesano, N.S. de Lourdes, do Cine Éden e, mais recentemente, do Teatro ICA, nome carinhoso com que a cidade homenageia a nossa teatróloga maior Íracles Brocos Pires.

Não há como esquecer o pontapé inicial dado pelo grande amante das artes, o Dr. Hidelbrando Assis, com a fundação, em épocas não muito distantes, do sempre lembrado TAC – Teatro de Amadores de Cajazeiras (?).

Esses comentários vieram-me à memória em função do espetáculo recente, nascido e criado em nossa terra e que – assim o desejamos – haverá de fazer sucesso Brasil afora: “Oh! Terrinha Boa”, encenado pelo grupo Cia. Arco-Íris de Teatro, com direção de Jucinério Félix, que divide o palco com Ricardo Lacerda.  Esperamos que seja um marco rejuvenescedor de nossa vocação teatral. Que assim seja!

Como não recordar os bons tempos daquela turma do Banco do Brasil que, com arte e ousadia, encenou o Auto da Compadecida?! Não me canso de contemplar o meu acervo fotográfico dessa encenação: quanta gente que já se foi, mas quanta gente que, deixando os palcos, afirmou-se em suas atividades profissionais, mas que jamais haverão de esquecer aqueles dias de efervescência e cultura teatral.

Que o exemplo da encenação recente sirva de estímulo para que outros grupos surjam e ofereçam, aqui mesmo em Cajazeiras, espetáculos que tragam de volta os bons espetáculos. Quem sabe se esses dias não retornarão com a reinauguração do ICA, no antigo “muro” do tradicional Grupo Escolar Mons. Milanez! É aguardar pra ver.

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