COISAS DE CAJAZEIRAS

A sucessão de Zé Aldemir

Está se findando o segundo mandato de José Aldemir. E, no momento atual, não existem candidatos à altura dele, com uma trajetória semelhante. Tem a figura de Carlos Antônio, mas com um problema: ele poder disputar as eleições, além do fato de que todos aqueles processos contra ele terem prejudicado sua imagem. As novas gerações não viveram o primeiro mandato de Carlos Antônio e viveram os processos: ou seja, Carlos Antônio perdeu a aura de bom prefeito e, para as novas gerações, ele é um político enrolado em processos. Sua esposa, Denise, a quem eu devo a única oportunidade de ter sido funcionário público durante sua gestão, já sofreu duas derrotas, sendo a última por uma grande maioria. Então, fica difícil emplacar.

Restaria a “Terceira Via”, mas quem seria? Entre muitos, tiro do bolso dois nomes de pessoas que tem condições de gerir a cidade: Alexandre Cartaxo Costa e João de Deus Filho. Mas ambos tem um problema muito sério: não querem fazer a campanha e sem campanha, ou seja, comícios, passeatas, se agarrar com o povão, como faziam Dr. Epitácio e Dona Zarinha, a possibilidade é muito remota de se elegerem, a não ser que fossem candidatos únicos. O problema é que muita gente, até como disse o finado Demar de Doca, “se vocês não quiserem a prefeitura, eu quero”, se referindo a uma entrevista em que o prefeito de Carrapateira se lamentava. Até eu, avesso à política municipal por achar de baixo nível, em opositor queria ocupar a prefeitura.

Então, ficamos sem líderes à altura de Zé Aldemir e precisamos descobrir alguém para gerir nossa cidade. E no meu caso particularíssimo, não vejo ninguém com a capacidade de Zé Aldemir, nem a dos líderes do passado – nos tempos de Severino Cordeiro, em que o problema era convencer alguém a ser prefeito, pois ninguém queria. Naquele tempo não se roubava ou se roubava muito menos; ser prefeito não era um cargo, mas um “encargo”. Dr. Otacílio não contratava obras superfaturadas e o pessoal da UDN era de uma honestidade a toda prova. Não posso provar que hajam superfaturamentos, mas tudo indica que é uma prática disseminada em todo nosso país, do presidente ao mais humilde vereador: se houver chance, abocanham o erário. E a prefeitura, naquelas épocas, já era chamada de “viuvinha”. Tenho uma exceção: Dr. Epitácio não usou o erário em proveito próprio, mas como ele lamentava quando trabalhava no mesmo posto de saúde da minha filha, se arrependia de não ter roubado e elencava um monte de gente de suas administrações que o fizeram.

Pois é. Temos que descobrir um nome viável e que dinamize nossa edilidade. E conforme eu vi recentemente numa foto, Raimundo Júnior é o preferido de Bolsonaro para ocupar esse cargo.

Fico.

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