A pandemia e a resiliência

Meus caros e parcos leitores: Mais de um ano faz que estamos todos a tratar diariamente com esse caso da Covid 19, “A pandemia do fim do mundo”, como se poderia considerar, e como se sabe, existem duas formas de superar essa doença que na minha opinião mais parece com uma espécie de Terceira Guerra Mundial. Frente aos arroubos delirantes de um presidente que sempre produziu para o púbico interno, seu eleitorado, os conservadores do interior dos Estados Unidos, colocou entre seus alvos prediletos, a segunda economia do mundo, a China, com todo tipo de ameaças, grande parte delas que não podia cumprir. E isso era um movimento de uma onde de conservadorismo que se refletia em todo o Ocidente, particularmente para nós, se criou uma versão mais desqualificada dessa tendência, nossa democracia, depois de um estratagema travestido de ilegalidades, tirou da disputa o político mais carismático (não é frase minha, mas de Barack Obama) do Ocidente, e após uma série de eventos coincidentes ou criados ( com as redes sociais tendo o papel que a televisão tinha no passado), colocamos nosso Trump terceiro-mundista no Planalto. E da China (Não sei se por acaso ou por criação da sabedoria milenar chinesa, de quem inventou o macarrão, a pólvora e o papel), vem uma nova pandemia para testar a competência desses ungidos. E o resultado aí está; a Matriz, com a insistência do “street figther” de lá a bater recordes de contaminação, óbitos, etc., que após a derrota dos republicanos nas eleições, e a mudança de gerenciamento, agora nós carregamos esse triste recorde de contaminação e óbitos, com o agravamento de que nunca estivemos preparados para um evento dessa espécie, a saúde que tinha o SUS, um sistema dos mais avançados no mundo, que eu questiono, pois, nos países realmente desenvolvidos tipo a Dinamarca, a Rainha se trata e é operada pelo sistema púbico, como qualquer cidadão, enquanto por aqui nossos governantes vão para os centros de Excelência fazer esses mesmos tratamentos, a população fica numa situação de caos que na minha existência nunca tive alguma experiência como essa.

Para mim, o grande problema que enfrentamos em nossa região, foi o desaparecimento da cultura do algodão, que o falecido Nestor Braga falou: “ o algodão vai acabar Pepé, e agora o que é que vocês vão fazer”. Eu respondi: Nestor, eu tenho minhas formaturas e acesso a muitas informações, posso perfeitamente por esse arsenal que tenho para mudar de ramo, mas o que eu tenho pena mesmo é do povo do campo, que não teve acesso a esses recursos que disponho.

De fato, desapareceram, e nunca mais vão voltar, pelo menos em nosso estado e nos estados circunvizinhos, pelo menos dois milhões de empregos diretos Em se contando com os indiretos se chega a um número assustador. Nossa cidade levou pelo menos uma década para saír da estagnação e voltar a crescer.

Agora algo semelhante acontece, com uma diferença gritante; uma crise generalizada.

A única diferença que existe na crise regional de 1980 e essa crise nacional de 2020, é que essa vai passar (dizem que com o atual ritmo de vacinação se vai terminar de vacinar nossa população em 2025), e esse ritmo vai ser acelerado,  mas seus efeitos deletérios perdurarão por muito tempo; posso pinçar um exemplo insignificante: eu inspecionava 20 parques de diversões e cinco circos. Quase todos foram interditados; pergunta-se como os trabalhadores dessas “atividades não essenciais” estão sobrevivendo? Com a capacidade de “dar a volta por cima, o que hoje chamamos de resiliência.

Mas existe a luz no fim do túnel, mesmo que a vacinação não chegue, no meu caso específico, não chegou, pode existir a imunização. Eu por exemplo, por tanto tempo que estive exposto à doença posso já estar imunizado e não saber.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Publicações relacionadas
CLIQUE E LEIA

A cultura e o leite

Recentemente, me encontro na rua com uma amiga querida, Andréia Coutinho, que acabou de assumir o Procon e…
Total
0
Share