A medalha

Diz um aforisma latino que verba volant, scripta manent (As lavaras voam, o escrito permanece).

Os dizeres acima talvez justifiquem a estrutura da Coluna de hoje. Não falarei sobre coisas passadas, mas sobre fatos que, no futuro, farão parte de nossa memória.

Peço licença, portanto, para escrever hoje uma crônica diferente do estilo a que os meus leitores estão acostumados, fora dos padrões reminiscentes e seguindo os moldes daquele que é duas vezes nosso confrade – aqui do Gazeta e da nossa recém-criada Academia –  Dr. Rafael Holanda.

É que as sementes que plantamos hoje farão brotar os frutos do amanhã. E esta semana começamos a ver que nenhum esforço na vida é feito em vão, sobretudo quando eles são encaminhados para um direcionamento correto.

Essas considerações vêm em função de esta semana haverem sido coroadas duas ambições dos que tentam fazer cultura nesta “terra que ensinou a Paraíba a ler”: a primeira diz respeito à conclusão – pelo menos parcial – do primeiro grande passo para a instalação de nossa Academia Cajazeirense de Artes e Letras. Num ambiente de união e saudável congraçamento, fechamos a lista dos primeiros acadêmicos, ditos “imortais” pela tradição acadêmica, e que serão empossados no próximo dia 24 de maio, por feliz coincidência, dia do Colégio Salesiano/Diocesano Padre Rolim, porque dia de sua padroeira, Nossa Senhora Auxiliadora; a segunda fala da votação, pela Assembleia Legislativa da Paraíba, de lei criando a Medalha de Mérito Cultural Padre Inácio de Sousa Rolim, uma propositura do Deputado Jeová Campos,  aprovada por unanimidade, contando, é óbvio, com os votos de deputados sabiamente antagonistas, mas que, reconhecendo o mérito do projeto de lei, não se negaram a assumir os nobres objetivos da ideia. Vão aqui os agradecimentos aos que fazem o nosso poder legislativo, mas, de forma particular, ao autor do projeto de lei e às palavras reconhecidas do deputado Ricardo Barbosa, bem como de todos os outros com quem tivemos a argúcia e perspicácia de conversar, em nome dos nossos conterrâneos e da Paraíba como um todo, objetivando a aprovação do projeto de lei.

A glória não é, particularmente, de ninguém, mas de todos os que, em boa hora, entenderam a grandeza do significado de criação da comenda em cuja luta se engajaram.

O futuro dirá melhor o significado dessas duas “batalhas” vencidas e saberá perpetuar as intenções de quantos a elas se integraram.

A união de pensamento que estamos tentando consagrar na nossa ACAL certamente contou com o desprendimento partidário dos três Deputados Estaduais vinculados à nossa terra e região. Obrigado aos três – Jeová Campos, Dr. Paula e Júnior Araújo – que, incorporados aos ideais da nova Lei, uniram-se na votação de tão nobre objetivo.

Tempos melhores surgirão em prol de nossa tradição cultural.

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