Recentemente concluí a compra da coleção publicada pelo jornal Folha de São Paulo, O Mundo da Arte. São trinta volumes enfocando os mais diversos estilos artísticos produzidos pelo homem ao longo de sua existência.
Vendo a coleção completa na estante percebi como o homem se expressou visualmente além da criação do alfabeto e a oralidade.
Não sou entendido absolutamente em nada em interpretação de obra de arte. Isso está distante de mim. Sou leigo assumido. Mas gosto muito de visitar exposições, quaisquer que sejam elas, pelo menos uma vez por semana. Ver é comigo mesmo.
Fico admirado com a capacidade abstrata dos artistas plásticos expressarem seus sentimentos através de pinceladas, de traços, riscos, linhas, volumes, cores.
Fico me indagando qual foi o ponto de partida daquele criador para elaborar aquele quadro, aquela escultura. O que lhe motivou, de onde partiu sua sensação para expressar aquela imagem, que por sua vez vai refletir em meu olhar e provocar um sentimento estético em minha alma.
Tem certas obras que me deixam encabulado, de queixo caído. Um simples traço, infantil aparentemente, uma cor forte, ou o contrário, impactam nossa visão.
Algumas composições podem até não enternecer meus sentimentos, mas a marca registrada daquela expressão me faz refletir que por trás daquilo tem algo fantástico que a minha sagacidade não alcançou, mas foi motivo de efusiva admiração por outra pessoa. E é aí que reside a imponência das artes plásticas.
Sinto que não são muitos os frequentadores de exposições em galerias e museus. A não ser quando é uma exposição que tem muita repercussão na mídia e o autor é famosíssimo. Não é algo despertado nas pessoas. Não porque elas não queiram. Acredito que seja por carência de provocação das escolas, do primário à universidade. Ou desinteresse inconsciente.
Qualquer cidade que eu vá, de Cajazeiras à São Paulo, quero visitar museus e galerias de artes e adquirir jornais e revistas impressos. É mania minha.
Acredito que a qualquer momento a pessoa pode ser tocada para isso. Tenho um amigo que mora em São Paulo e quando eu ia lá, em sua companhia visitávamos esses ambientes e ele ficava de fora. Não gostava. Hoje é um grande visitante de museus e galerias não só no Brasil, mas mundo afora, pois viaja muito para o exterior. E até recebo recortes de jornais e revistas com reportagens sobre artes e postais. Muito legal.
É assim, amigos, a arte de ver artes.
