Seu Zé Nogueira, “aquele do chapéu de massa”

JOSÉ NOGUEIRA
* São José de Piranhas (PB)
+ Cajazeiras (PB), 06/11/2018

Desde 1983, o feirante José Nogueira pontuava, todos os sábados, com sua banca de cereais na famosa Feira Livre da Rua Padre Manoel Mariano, no centro comercial de Cajazeiras, onde atendia sua imensa freguesia, principalmente aqueles que ainda preservavam o hábito de comprar feijão, gergelim, milho, farinha, fava, goma e rapadura, tendo o prazer de enfiar a mão nos sacos e pegar nos grãos, cheirar o produto e experimentar o gosto da farinha e o doce da rapadura.

Era natural de São José de Piranhas, mas fez de Cajazeiras sua terra natal, onde morava no Bairro das Capoeiras, sendo casado com Maria de Fátima, com quem deixou três filhas: Sandra, Jeanne e Janielly.

De acordo com o professor e historiador José Antônio de Albuquerque, Seu Zé Nogueira era amigo de todos os colegas e tinha sempre um sorriso no rosto o que tornava mais agradável e cativante o seu atendimento. Fazia questão de ter sempre o que havia de melhor e com boa variedade.

Durante a semana, inclusive aos domingos, atendia também na calçada do Mercadinho da Camilo de Holanda. Era reconhecido como um homem servidor e que não desamparava os amigos. Também se desconhece qualquer negócio dele que não fosse honrado: era prego batido, ponta virada.

Seu Zé era um dos símbolos da resistência e da modernidade e um patrimônio vivo da história da Feira Livre de Cajazeiras, que existe desde 1848. O chapéu de massa era sua marca principal, que também o identificava entre os feirantes: “é aquele do chapéu de massa”.

O coração de Seu Zé Nogueira o traiu e parou de bater no dia 6 de novembro de 2018, deixando uma lacuna imensa na Feira Livre de Cajazeiras, onde era um dos mais antigos feirantes em atividade.

COM INFORMAÇÕES DO GAZETA DO ALTO PIRANHAS

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