Saudades do 7 de Setembro dos anos sessenta em Cajazeiras

JOSÉ PEREIRA DE SOUZA FILHO

É assim a nossa vida. O tempo vai passando e a saudade vai ficando para trás, porque o tempo não espera por nada e a vida tem que seguir o amanhã. Mas, também, a saudade tem que ser lembrada, porque, sem ela, a história perderá suas raízes. Hoje, por exemplo, lembrei-me dos desfiles de Sete de Setembro na minha Cajazeiras, dos anos sessenta, quando o Tiro de Guerra, os colégios e grupos escolares, desfilavam pelas ruas do centro da cidade do Padre Rolim.

Tudo começava com bastante antecedência, com os treinamentos dos alunos, na formação dos pelotões, orientados pelo professor de Educação de Física, Marcos Pereira e, também, da banda de fanfarra, do Colégio Estadual. Lembro-me do pelotão de alunos, que desfilavam com suas bicicletas das marcas Monark e Calói, compradas no Armazém Paraíba e na loja “J Epaminondas Braga Bicicletas”.

O amanhecer – às seis horas – do dia começava com uma “salva de tiros”, sob orientação do Tiro de Guerra e, ainda, a Difusora Rádio Cajazeiras e Rádio Alto Piranhas, abriam sua programação desta data, com o “Hino à Independência”, de autoria do poeta e escritor Evaristo da Veiga.

Era motivo de muito orgulho e obrigação dos alunos desfilarem neste dia, principalmente, quando estávamos em frente à Prefeitura, onde o prefeito e autoridades faziam seus discursos em homenagem àquela data. A apresentação do Tiro de Guerra, sob a comando do Sargento Barbosa era a atração principal dos desfiles, com quase cem soldados sob sua orientação. Muitas famílias se faziam presentes para apreciarem o desfile na Prefeitura e nas ruas.

NA FOTO, O COLÉGIO DIOCESANO PADRE ROLIM, NA PRAÇA JOÃO PESSOA.

JOSÉ PEREIRA DE SOUZA FILHO É RADIALISTA CAJAZEIRENSE EM BRASÍLIA

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