Dom Luís do Amaral Mousinho: Consentire Romano Pontifici

4º Bispo de Cajazeiras (1948-1952)

LUÍS DO AMARAL MOUSINHO

* Timbaúba (PE), 18/11/1912
+ Ribeirão Preto (SP), 24/04/1962

Dom Luís do Amaral Mousinho nasceu em Timbaúba (PE), em 18 de novembro de 1912 e morreu em Ribeirão Preto (SP), em 24 de abril de 1962. Foi um bispo católico brasileiro, arcebispo da arquidiocese de Ribeirão Preto de 1952 a 1958.

Seus genitores, o senhor José Gabriel Mousinho e dona Feliciana do Amaral Mousinho, tiveram a alegria de trazer à luz deste mundo, no dia 18 de novembro de 1912, o pequeno Luís, nascido na cidade de Timbaúba, estado de Pernambuco.

Nascido em berço cristão, poucos meses depois recebeu o Sacramento do Batismo em 12 de fevereiro de 1913 e a Primeira Eucaristia em 29 de junho de 1919.  Sua vocação ao Sacerdócio nasceu cedo. Em 1º. de fevereiro de 1924, com apenas 12 anos de idade, ingressou no Seminário Menor de Olinda, onde mergulhou nos estudos até o ano de 1930.

Em outubro de 1930, é enviado a Roma para cursar Filosofia e Teologia na Cidade Eterna. Doutorou-se em Filosofia em 1938. Estes anos passados em Roma marcaram profundamente a alma de Dom Luís. Em sua primeira Carta Pastoral à Diocese de Cajazeiras, sua primeira Diocese, ele expressa toda a influência destes anos em sua vida: “Bendizemos a Deus pela graça especial que nos concedeu de havermos feito nossos estudos superiores na Cidade Eterna (…) bem junto do coração da mãe de todas as Igrejas, a Santa Igreja Romana (…) em ambiente único de memórias históricas e sobretudo recordações religiosas. (…) Roma, em verdade, não é somente a cidade das almas. Ela é, sobretudo a cidade dos sacerdotes e dos bispos”. Desta paixão pela Igreja, por Roma e pelo Santo Padre, emana o lema episcopal assumido por Dom Luís: Consentire Romano Pontifici, expressando assim sua preocupação em viver em perfeita sintonia com o Bispo dos Bispos.

Nestes anos vividos em Roma, Dom Luís deu significativos passos em sua vida sacerdotal: em 28 de abril de 1934, recebe a tonsura (corte dos cabelos no alto da cabeça, entendida também como ‘corona Christi’ – coroa de Cristo. Era um sinal distintivo do estado clerical. (1) ). As primeiras ordens menores lhe são conferidas em 28 de outubro de 1934; as segundas ordens menores em 22 de dezembro do mesmo ano; em 1936 recebe o subdiaconato em 25 de outubro e o Diaconato em 19 de dezembro. Recebeu a ordem Sacerdotal em 27 de março de 1937.

Regressou ao Brasil em 1939, sendo nomeado professor de Filosofia no Seminário Maior de Olinda, onde permaneceu também como Reitor, nomeado em 1945.

“Por ocasião do I Congresso dos Reitores dos Seminários Diocesanos e Religiosos do Brasil (06-10/01/1948), realizado no Seminário Arquidiocesano de São José, no Rio de Janeiro, no qual foram apresentadas 17 teses, a 15ª. foi defendida pelo então, Mons. Luís do Amaral Mousinho, que tratou do tema: ‘Higiene e Saúde dos Seminaristas’”. (2)  Percebemos que os primeiros anos de Sacerdócio de Dom Luís foram vividos no Seminário e em função da Formação dos futuros sacerdotes.

Pouco depois da comemoração de seus 10 anos de vida sacerdotal, o então Mons. Luís, foi nomeado 4º. bispo diocesano de Cajazeiras, em 30 de agosto de 1948, pelo Papa Pio XII. Sua ordenação episcopal aconteceu em 28 de novembro do mesmo ano, na Catedral de Olinda.

Em 1948, foi nomeado bispo da diocese de Cajazeiras, onde criou e manteve um curso de Pré-Seminário anexo ao Colégio Diocesano de Patos; e conseguiu a doação, pela Prefeitura Municipal de Cajazeiras, de um terreno para a construção do Seminário Diocesano Nossa Senhora da Assunção, cujo Prédio deixou em fase de acabamento.

Pastoreava as almas da Diocese de Cajazeiras quando, em 18 de março de 1952, foi nomeado bispo diocesano de Ribeirão Preto. A posse em sua nova Diocese deu-se a 10 de junho de 1952.  Aos 12 de março de 1952, o papa Pio XII o designou bispo da então diocese de Ribeirão Preto, em São Paulo.

Em 1958, a diocese de Ribeirão Preto fofi elevada à categoria de arquidiocese, e em 30 de novembro daquele ano dom Luís Mousinho assumiu o cargo de arcebispo, que ocuparia até sua morte, em 1962.  Ainda durante seu arcebispado, ajudou o papa João XXIII na criação da diocese de São João da Boa Vista.

Incentivou ainda a Ação Católica e construiu o seminário de Maria Imaculada em Brodowski, inaugurado em 1961.

Outra empresa de Dom Luís foi a construção do novo prédio do Seminário Maria Imaculada, na cidade de Brodowski. Em diversos momentos, Dom Luís chamou essa obra de “a menina dos olhos do Bispo”. Tudo isso com o afã de prover as Paróquias da Diocese com santos e sábios sacerdotes, capazes de conduzir e formar o Povo de Deus.

A enfermidade acometeu Dom Luís com muita severidade. “Em dobres tristes e repicado os sinos da Catedral de São Sebastião às 4h40 da madrugada de 24 de abril de 1962 anunciava a morte de Dom Luís do Amaral Mousinho. Ao cerrar os olhos para sempre, ele exclama: ‘Não irei ao Concílio. É preciso ter fé…”

COM INFORMAÇÕES DA WIKIPEDIA E DA ARQUIDIOCESE DE RIBEIRÃO PRETO

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