Afonso: o massagista dos craques da bola

Dos seus 77 anos de vida, 32 já foram dedicados ao ofício de massagista esportivo. Ele nunca fez um curso. Desenvolveu as técnicas de forma autodidata, apenas observando as sessões de massagem que recebia na época em que era jogador de futebol e constantemente se contundia devido a uma lesão crônica.

Apaixonado por futebol e especialmente por Cajazeiras, seu Afonso Santana nunca cogitou sair da cidade para atuar em outro clube. Atualmente trabalha como massagista do Paraíba Esporte Clube, mas ainda se considera funcionário do rival, o Atlético. Aliás, como jogador ele afirma que fez parte de um dos elencos mais competitivos da história do Trovão Azul  antes de se tornar massagista profissional.

“Na época que fomos campeões pelo Atlético nós não tínhamos presidente, era nós mesmo, a gente fazia de tudo pelo Atlético, não tinha ordenado [salário fixo] para ninguém. Era só o bicho [premiação por vitória] que a gente dividia depois do jogo. Era uma coisa muito boa, não como as coisas que a gente vê hoje no futebol de Cajazeiras”, recorda o veterano.

Antes de ser massagista profissional, seu Afonso ganhava a vida como pedreiro. Na época fundou aquele que, segundo ele, é a equipe de futebol mais antiga da cidade e que deu origem ao Atlético: o Platense, do qual era treinador e massagista (ainda sem muito conhecimento técnico). Tempos depois, com a fundação do Atlético de Cajazeiras, seguiu como jogador e massagista do então novo clube.

De pedreiro a treinador, de treinador a jogador e massagista, mais de três décadas se passaram. Hoje, mesmo sem nunca ter feito um curso, mas com uma imensa bagagem de experiência prática, seu Afonso é um dos massagistas esportivos mais requisitados da região, e garante que suas mãos geram resultados sempre satisfatórios.

Quando não está trabalhando no Paraíba Esporte Clube, seu Afonso realiza atendimentos particulares no quintal da sua casa, na Rua São Sebastião, nº 121, Centro, onde a procura pelos seus serviços é intensa, segundo ele.

“Já fui chamado por muitas equipes para trabalhar fora, mas nunca quis abandonar minha cidade. Sou apaixonado por Cajazeiras. Não saio de Cajazeiras por preço nenhum, nem vou atrás de time para trabalhar”, ressalta com orgulho.

COM INFORMAÇÕES DO DIÁRIO DO SERTÃO

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