[2001] Lojistas do Calçadão reivindicam mudanças

A esperada operação de salvamento do lugar pode começar no período de Carnaval

Uma atitude dos comerciantes que fixaram seus estabelecimentos do Calçadão da Tenente Sabino está chamando a atenção do poder público municipal, que parece disposto a encarar o desafio de reforma do conglomerado de boutiques, lanchonetes, bares e outros pontos comerciais. Os lojistas se uniram para criar uma entidade, que irá representar os interesses da classe e será uma espécie de ponte entre a iniciativa privada e Prefeitura.

Como se não bastasse há mais de 15 anos estar com a mesma “cara”, o Calçadão vem sendo depredado e conhecido como um lugar sem atrativos para turistas, já que não conta com infra-estrutura adequada e um sistema de segurança eficiente.

O comerciante Irlânio Cavalcanti, presidente da ACC (Associação Comercial de Cajazeiras), é proprietário de uma boutique, antes mesmo da construção do Calçadão, e diz que nunca presenciou uma reforma no local.

“Durante todo esse tempo, o Calçadão foi relegado pelo poder público, sem que houvesse algumas reformas, no que tange à parte de iluminação, estrutura propriamente dita e até segurança. Depois de esperar tanto, os próprios locatários das lojas tiveram a idéia de criar um conselho para legitimar junto aos órgãos públicos essa necessidade de requerer melhorias. Hoje o lugar não conta nem com coleta de lixo”, justificou.

REVITALIZAÇÃO DA PAISAGEM

Várias reuniões entre os lojistas já aconteceram para fortalecer o projeto. De acordo com Eliana Pinheiro, que mantém sua loja de decoração no local há mais de oito anos, e é uma das enfrentantes do movimento, todos os comerciantes do Calçadão já abraçaram a causa, já que a iniciativa também é voltada para a atração de turistas e, consequentemente, para o crescimento das vendas.

“Estamos pensando, já a partir do Carnaval deste ano, em começar uma campanha única de vendas, criando uma espécie de bloco do Calçadão”, revelou.

A idéia dos proprietários das lojas é fazer do Calçadão um shopping a céu aberto, com um projeto de revitalização da paisagem, especificamente no que se refere à iluminação, à limpeza e à arborização.

O atraso da estrutura visual do local é o grande temor dos integrantes do movimento que querem lutar por um ambiente mais saudável, mais receptivo e, quem sabe, bem diferente e bem mais moderno do que se encontra.

GAZETA DO ALTO PIRANHAS – ANO 3 – ED. 109 (21 a 27/01/2001)

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