Os versos de amor se tornaram metais pesados utilizados em armas para ferir ou matar a sensibilidade, pois não se morre só quando morre e sim quando em vida se sente morto.
A luminosidade da esperança deu margem a um intenso momento de escuridão, os rios de bondade com suas águas puras e cristalinas se transformaram e rios de intensa maldade.
Ninguém conhece ninguém, ninguém confia em ninguém, pois o riso que representava a confiabilidade se modificou diante da ganância e virou painel acinzentado da mentira.
Glorificamos os dias em que podemos tirar de muitos a mínima sombra para o seu repouso, e ampliamos o nosso guarda-sol de invejas, preconceitos e a persistência do ódio.
Cantamos as músicas que são formadas por expressões que destroem as coisas belas que a natureza com tanto esforço nos reservou para construir masmorras aos vícios.
Já não vivemos em paz porque jogamos fora a sensibilidade de chorar, as simples maneiras de ajuda perderam por nossos erros de não ser o reflexo de Deus na dolorosa cruz dos que sofrem.