Músico cajazeirense Edmar Miguel repudia fim do Xamegão e diz que festa em agosto é “tapar o sol com a peneira”

O cantor, compositor, professor, músico, arranjador, poeta e maestro Edmar Miguel, natural de Cajazeiras, que tem mais de 40 anos de carreira e possui sete vinis e dez CD’s lançados, falou que não entende o motivo pelo qual não está tendo o tradicional São João da cidade, o Xamegão.

Segundo ele, a não realização do evento “deve ser uma falta de visão ou então pessoal enferrujado de antigamente, prefeito mal assessorado, com pessoas incapacitadas”.

“Eu desconheço o motivo pelo qual o pessoal da cultura não faz um evento que foi tão bem sucedido, uma marca tão boa de vender. Porque hoje é assim: dinheiro do Ministério da Cultura, dinheiro do município, dinheiro do Estado, dinheiro dos empresários que todo mundo investe.  Aí a gente deixa de entender, porque não é o dinheiro do bolso do prefeito, do secretário, não é dinheiro do bolso de ninguém, é o dinheiro do povo que paga seus impostos e merece um dia de lazer”, disse Edmar Miguel ao Diário do Sertão.

O cantor criticou a escolha da gestão em fazer um ‘Xamegão fora de época’ em agosto, no mês da cidade.

“É uma pena, um evento que tem história, tem uma marca e que o povo merece. Querem fazer outro evento em agosto, mas isso aí é tampar o sol com a peneira. Eu acho que o evento que querem fazer em agosto é mais para desvio de dinheiro, penso eu. Eu repudio a falta de iniciativa, a falta de capacidade, a falta de respeito com o público, com o jovem e é um ano perdido”, enfatizou o artista.

Sobre o tradicionalismo da música no São João, Edmar disse que a juventude segue o seu tempo, mas que os bons sempre ficam.

“A juventude sempre é antenada com seu tempo, isso aí a gente não pode deixar para lá porque se amarrar o burro no passado ele morre de fome. Mas tudo que é bom fica, seja de qualquer época, seja o Gabriel Pensador, seja Falcão, seja quem for na sua época, o que é bom fica. As coisas boas ficam, como Gonzagão, como Dominguinhos, como Marinês, tantos e tantos que estão aí e nunca vão passar”, pontuou.

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