Faleceu na noite desta quarta-feira (26), no Hospital Regional de Cajazeiras (HRC), o comerciante Antônio Francisco da Silva, o Toinho Bibiano, proprietário do Bar Marajó, tradicional estabelecimento localizado na esquina das ruas Padre José Tomaz com Padre Manoel Mariano, uma das mais movimentadas do Centro de Cajazeiras.
De acordo com informações de familiares, o comerciante estava internado há oito dias no HRC, pois sofria de várias comorbidades, quando foi acometido de um acidente vascular cerebral (AVC) e não resistiu, vindo a óbito aos 79 anos.
Toinho Bibiano começou trabalhando com o comerciante Francisco Arcanjo de Albuquerque, e, posteriormente, trabalhou como motorista. Em 1973, o então prefeito Antônio Quirino de Moura, iniciou o processo de alargamento das ruas centrais da cidade, especialmente a rua padre José Tomaz. Ele lembra que o ponto comercial da esquina estava fechado, pois a ocupante anterior, Dona Anita, sua sogra, tinha fechado a sua padaria. Ele então resolver da uma guinada na sua vida e abrir um estabelecimento no ramo de bebida.
Instalado no local desde o dia 24 de dezembro de 1973, o Bar Marajó, foi por longos anos, ponto de encontro de desportistas, sendo que o próprio Toinho Bibiano, era um dos mais entusiasmados, chegando a assumir a presidência do Atlético Cajazeirense de Desportos no ano de 1994.
O Bar Marajó, devido à sua estratégica localização no centro da cidade, foi ponto de encontro das mais variadas classes sociais, desportivas e correntes políticas, sempre gerando animados e acalorados debates.
Durante todos esses anos, o Bar de Bibiano, como passou a ser chamado, foi também frequentado por grandes lideranças políticas paraibanas, a exemplo dos ex-governadores Wilson Braga, Antônio Mariz e Ronaldo Cunha Lima, além dos ex-deputados Edme Tavares e Bosco Barreto e do então deputado estadual José Aldemir Meireles, Nessa ocasião, ele se orgulha de ninguém ter incomodado os visitantes tão importantes.
O torcedor fanático pelo Vasco da Gama e do Atlético Cajazeirense de Desportos, se orgulha de ter abrigado, no seu bar, as discussões para a formação da equipe que disputou o Torneio Integração (segunda divisão). O time se classificou para a primeira divisão do Campeonato Paraibano e Bibiano foi presidente da equipe em 1994. As carreatas para o estádio Perpetão, no dia dos jogos, saiam sempre do seu bar.
Bibiano era casado com a professora Lúcia Nascimento com quem teve três filhos: Luciana. Luciene e Júnior, além de vários netos e bisnetos.
O velório aconteceu no Memorial Esperança, ao lado do HRC, e o sepultamento do corpo foi realizado no final da manhã da quinta-feira (27), no Cemitério Coração de Maria, em Cajazeiras.
