Comerciante pede sensibilidade ao MPPB na investigação da tomada irregular do espaço público em Cajazeiras

Após o Ministério Público do Estado da Paraíba (MPPB), por meio da Promotoria de Justiça de Cajazeiras, instaurar o Inquérito Civil nº 19/2023 para investigar a ocupação irregular do espaço público na Rua Padre Manoel Mariano, no Centro de Cajazeiras, área de Zona Azul, e enviar ofício à secretaria municipal de Planejamento para que se manifeste acerca da denúncia de ocupação irregular do espaço público e informe quais providências estão sendo adotadas, o comerciante Marquinhos Campos, que foi candidato a prefeito da cidade, participou do programa Olho Vivo da TV Diário do Sertão para falar sobre o tema.

“São muitos pais e mães de família que tiram seu sustento como camelôs, vendendo seus produtos nas calçadas de Cajazeiras. O que vai ser feito com eles? Isso não é politicagem. Eu fui feirante. A gente, hoje, somos o que somos, agradeço ao meio da feira. Era de onde a gente levava o nosso sustento para dentro de casa. Eu quero pedir ao Ministério Público mais sensibilidade”, disse.

No início do primeiro mandato do prefeito Zé Aldemir, o município inaugurou um espaço na Praça Coronel Emídio Cartaxo, defronte ao antigo prédio da Telpa, com demarcações iguais para ambulantes colocarem as barracas. Porém, o espaço não comporta todos os vendedores informais do centro, sobretudo em dias de feira livre. Desde então, o MPPB já notificou a prefeitura algumas vezes para providenciar um ponto.

Uma das hipóteses que estariam sendo levantadas seria alocar os camelôs na Praça do Xemegão, que também fica situada no centro, mas é um pouco mais distante do ‘coração’ do comércio.

“Essa bandeira não é de Marquinhos, é da sociedade de Cajazeiras, é do povo do Gravatá que vende suas hortaliças, frutas e verduras; é dos camelôs que vendem suas meias; é do camarada que está vendendo para tirar o pão de cada dia. Quero pedir ao Ministério Público que tenha mais um tempo para que o Município termine aquelas obras no Largo da Telemar. Trazer esses feirantes para o Xamegão não vai resolver nada porque o fluxo dos bancos, de quem vai realmente para comprar no comércio de Cajazeiras, é na Padre Manoel Mariano, é o coração da cidade, é onde realmente tem o comércio”, enfatizou Marquinhos.

Ele disse que está convidando entidades e gestores para dialogar com os feirantes e com o Ministério Público, a fim de chegar a um acordo provisório. “Eu sei que é inaceitável as calçadas estarem completamente lotadas. Temos que abrir um espacinho, mas não vamos tirar todo mundo. Vamos deixar esses pais e mães de família ganhando o pão de cada dia enquanto não se faz essas obras de infraestrutura que estão por vir”.

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