Na época dos Carnavais, anos 40/50, reinavam os confetes, as serpentinas e os lança-perfumes… Novos amores chegavam com as chamadas folias de Momo… Uns ficavam, e outros se iam com as lembranças festivas dos bailes do Tênis Clube e do 1º de Maio. Os corsos, ah!, os corsos da Praça João Pessoa!…
Usava-se e abusava-se dos folguedos. Mas, – pasmem!… – tudo era feito na mais perfeita calma e tranquilidade, sem que houvesse a necessidade ostensiva da polícia. Os foliões, eles mesmos se policiavam, embora o uso do lança-perfumes fosse livre para todos. Quanto muito, abusava-se do “mela-mela”, nada, além disso.
Na periferia, os chamados “blocos de sujos” promoviam os seus desfiles, geralmente campeados pelo famoso “jaraguá” de Tião, este devidamente fantasiado e portando a sua “caveira de burro”, com a “macacada” gritando atrás: “- Abra a boca, jaraguá, quá, quá, quá, quá!…” Eram três dias de folia, rimando com alegria. Hoje, a sua rima é bem outra: necessidade de saudade, de paz e de tranquilidade…