Os que tombaram

Não é porque eu gosto, muito pelo contrário, eu sempre lamento e profundamente; não sou dono de funerária para gostar de ver meus conhecidos morrerem.

Mas, infelizmente tempos que fazer o registro dessas pessoas que a gente conhecia e gostava, pois a não ser que alguém resolva fazer uma biografia do falecido, nessas notas ficam publicadas as últimas referências desses falecidos.

Essa semana foi fora do comum em todos os aspectos, Três pessoas de meu convívio e que eu admirava se foram: vai em ordem cronológica dos falecimentos.

Primeiro Ivan Cavalcanti NOSSO Ivanzinho, pequeno na estatura, mas um gigante vendo suas origens e o que ele fez e conseguiu realizar.

Conheci-o nos tempos de adolescência, pessoa extremamente agradável, na turma tinha o apelido de “organizadinho”, que como vimos, cabia como uma luva na sua obra de vida; nascido de uma origem relativamente humilde, (seu pai foi pesador de Galdino Pires), ele se formou em e juntamente com outros colegas, conseguiram montar um laboratório, casou-se com a irmã de um de meus melhores amigos(Aldeir Mangueira), que muito lhe ajudou ao longo de sua vida, depois separou-se do laboratório conjunto e conseguiu montar seu próprio laboratório de análises clinicas. Nos últimos tempos era considerado o melhor e mais moderno da cidade. Pessoalmente era uma pessoa que gostava de ajudar os amigos, entre os quais me incluo, talvez com pouco merecimento. Tinha um cuidado fora do comum com a limpeza e a assepsia, chegando inclusive a ministrar palestras sobre como se cuidar nesses tempos de pandemia. Mas os desígnios de Deus ( ele era um católico praticante), são implacáveis, nosso Ivan veio a falecer da doença que ele tanto quis evitar para si e para os outros. Como amigo, e amigo da s famílias paternas e maternas lamento profundamente o desaparecimento desse que eu tanto prezava.

Já em idade avançada, também faleceu uma pessoa que era grandiosa para nossa cidade, Francisco Matias Rolim, igualmente de origem humilde, num extraordinário esforço pessoal, e com pouco estudo, galgou mais degraus do que muitos diplomados, foi um grande comerciante, foi o primeiro a ver a potencialidade do Maranhão ( João Claudino o seguiu), foi nosso prefeito por duas vezes e conseguiu chegar à Camara dos Deputados, extremamente inteligente e “conhecedor do mundo”, que foi responsável por muitas conquistas de nossa cidade, tendo inclusive doado o terreno para a instalação de um Campus universitário que pertence hoje a UFCG, e foi o impulso final para que nossa pequena cidade se transformasse no centro de ensino superior que é nos diferencia das outras cidades da região. Somente tinha um defeito, era leitor assíduo dessas minhas mal traçadas linhas e as elogiava. Outro grande que se foi e vai fazer muita falta. Merecia mais de uma crônica, mas tenho que falar do outro que se foi, esse na cidade de Sousa, José Pericles Neves. O Pepé, meu xará de apelido, Ontem eu fui acordado por um amigo, nem me lembro o nome, e quando atendi, ele disse: Ainda bem, me disseram que voçe tinha morrido, mas o falecido, o Pepé de Sousa, era José Péricles Neves, o médico que fez o maior centro de imagem da região, sediado na cidade sorriso, que era meu parente distante. Ele se distinguiu de forma extraordinária no seu campo de trabalho.em Sousa, e seu centro de imagem era a referência na região, mas os sousenses saberão mehor do que eu fazer esse registro.

Apenas para os meus amigos eu repito o comentário escrito por Mark Twain: as noticias sobre minha morte foram um pouco exageradas, ou seja, “ainda” não morri.

Fico.

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