O resgate da democracia plena

Não podemos deixar a democracia morrer, ela tem que ser resgatada em toda sua plenitude. Estão tentando matá-la paulatinamente. Insistem em desrespeitar e deslegitimar as instituições republicanas, na intenção de tomar o poder em definitivo, à força. O golpe nem sempre é efetivado no sentido estrito do termo, mas pode se estabelecer através de projetos estratégicos com predominância do autoritarismo e da inobservância das regras do jogo democrático.

Tentam impor na consciência coletiva a ideia de que há a necessidade de combater inimigos internos imaginários, com o objetivo de justificar equívocos do conjunto do governo que impedem o pleno exercício dos direitos de cidadania, descumprindo as normas que definem o Estado Democrático de Direito.

Precisamos reavivar uma cultura política comprometida com os princípios democráticos, onde as liberdades individuais, consignadas na nossa Constituição, sejam respeitadas. Que se empreenda a luta corajosa, responsável e determinada para que o Brasil seja uma sociedade de homens e mulheres livres e iguais, na medida do possível, gozando indistintamente dos mesmos deveres e direitos. Em política inexiste espaços vazios. Daí a necessidade de que sejamos protagonistas de um processo histórico de resgate da nossa democracia, elevando os níveis de participação popular, da legitimação dos poderes republicanos, da transparência na gestão pública, do combate à corrupção e do atendimento às demandas sociais.

Que os cidadãos sejam realmente os construtores do processo político, não ficando reféns de autoridades vocacionadas para a autocracia. Não permitamos que a extrema direita continue apostando na descredibilização da política e na falta de confiança nas instituições, com o propósito de buscar condições para a promoção de ações golpistas. A concentração perniciosa de poder nas mãos de um grupo ideologicamente radical, atrapalha a discussão política pública, plural e equilibrada, dos temas de interesse social. Retomemos o caminho da democracia. DITADURA, NUNCA MAIS.

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