O meu Atlético

Quinta-feira, 21 de julho, o meu Atlético Cajazeirense de Desportos completou 74 anos desde a sua fundação. Como gostaria de fazer-lhe uma homenagem, digamos, mais profunda, cheguei mesmo a pensar em realizar uma exposição com as camisas de ontem e de hoje, documentos e impressos que mostram a riqueza deste clube, fotografias dos times que desfilou tantos craques talentosos que despertaram interesses de clubes do Brasil afora, mas, não deu.

Farei hoje aqui uma homenagem a todos os nossos jogadores, aqueles que vestiram essa honrosa camisa azul e branco, os que vi e aqueles que não vi, mas, muito ouvi falar deles.

Começo lá pelos anos 40 quando na sua fundação Dr. Higino foi no oratório festivo “catar” os meninos bons de bola, um deles, o inesquecível Aranha. Desses anos dourados do Atlético como é bom falar dos goleiros: Bombilha, Toinho, Thompson e o fenomenal Agustinho, e os defensores: Manoel Pereira, Assis o Tanque, Gilberto, Pedro Revoltoso, Aguiar, Bibiu, Cocada, lá na frente, Rubens, Nego, Valdeci Pato, André, Alberto, Edval, agora vem os craques: Zezé, Babi, Doca, esses os monstros da bola. Se faltou alguém, desculpe-me, não vivi essa época.

Chega a era do profissionalismo, 1985, primeiro campeonato paraibano e, com muita honra eu estava nesta história como sendo o primeiro preparador físico, claro, como voluntário, sem nenhum ônus para o clube. Aqui vivi o encanto de observar jogadores fenomenais, prevalecia mais o amor do que o contrato, e assim fiz parte de uma geração dos “meninos de ouro”, daquele time, oito titulares eram nascidos e criados da Praça Camilo de Holanda para o Alto Cabelão, da Desembargador Boto para os Remédios.

Ao longo desta jornada e já na militança como cronista esportivo quero testemunhar nomes inesquecíveis que vestiram a camisa do, agora, Trovão Azul do Sertão. Hoje, quero escalar o meu Atlético: Goleiro: Ivanoé; Lateral Direito, Roberto Carlos; Zagueiros, Paulinho e Zé Antônio; Lateral Esquerdo, Jiqueta. Meio Campo, Rosquinha, Lamar e Nailson. Atacantes: Robério, Paulinho Guerreiro e Wilton Moreno.

Confesso, tem muita gente que merecia ser escalada aqui, mas, esse é o meu Atlético e apenas 11 entram em campo. E lá vou eu saindo de campo depois de uma jornada fantástica.

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