O líder Otacílio Jurema

Médico vocacionado e político por devoção, o Dr. Otacílio (Guimarães) Jurema é o que se pode considerar um verdadeiro “cajazeirado”, pois, nascido em São João do Rio do Peixe (1898), aportou em nossa terra pelo início dos anos 1900, quando sua família, capitaneada pelo pai, o Juiz (Joaquim) Victor Jurema, de Cajazeiras fez sua morada.

O Curso Primário, ele o fez na terra que o adotou; o Ginasial e o Científico, no Colégio Pio X, em João Pessoa e o curso superior, na Faculdade de Medicina, tendo-o iniciado em Salvador-BA, concluindo-o na Faculdade de Medicina, no Rio de Janeiro, em 1923, defendendo, aos 25 anos, a sua tese de formatura sob o título de “Terapêutica dos Fibromas Uterinos”.

Como se falou antes, por vocação foi um médico que desempenhou a sua atividade, seguindo o juramente de Hipócrates, demonstrando capacidade profissional e severo compromisso, atendendo tanto aos ricos e poderosos como aos mais humildes a quem dedicava igual atenção, fosse no seu Consultório, fosse no antigo Hospital Regional de Cajazeiras.

Como se dizia na época, a Medicina e os amigos, que os tinha muitos, é que o impulsionaram para o desempenho da atividade pública. Foi Vereador, Prefeito (duas legislaturas: de 1951 a 1955 e 1959 a 1963), Secretário de Saúde do Estado – governo de Osvaldo Trigueiro / 1947 a 1949) –, Deputado Estadual (1957 a 1958) e Federal (1963 a 1965).

No governo municipal, as suas obras marcantes foram a construção do edifício onde hoje funciona a Prefeitura Municipal e o abastecimento de água encanada, vinda de Boqueirão (leia-se Engenheiro Ávidos).

Ao que consta, sempre residiu ali, próximo do Hospital, no final da rua que tomou emprestado o nome do seu pai: Rua Victor Jurema. Solteiro, por convicção, não contraiu matrimônio, apesar de aparecerem várias e sérias candidatas. Além dos seus amigos, de quem estava sempre cercado, seus fiéis companheiros eram os seus cachorros e a família do popular Queixo Fino, seu fiel mordomo e para quem deixou o que de pouco possuía em bens materiais.

Um fato curioso: foi ele quem, atendendo a um pedido do Frei Damião, fez retirar o antigo rendez-vous das proximidades do cemitério, transferindo-o para a comunidade conhecida hoje como Sete Candeeiros que, na época, era popularmente chamada de a “Paia” (Palha).

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Publicações relacionadas
CLIQUE E LEIA

Ano Novo

Nos primeiros momentos deste novo ano não procurei esperanças, apenas mergulhei num universo de saudades para procurar nos…
Total
0
Share