O individualismo

A sociedade contemporânea está ficando marcada por um comportamento que se convencionou chamar de individualismo. O ser humano está sempre querendo se autoafirmar, buscar a singularidade, se distinguir entre os demais do seu convívio.

Cada um de nós possui suas próprias peculiaridades, o que nos coloca como parte única no universo, somos indivíduos. Em sendo assim, vivemos querendo realçar nossas dessemelhanças para impor nossas individualidades. É o desejo de se reconhecer como unidade destacada num grupo.

O individualista não mede esforços para conseguir o que quer. É capaz de transpor os limites éticos para satisfazer o seu ego. Pensa somente no seu eu O individualista coloca seus interesses pessoais acima dos anseios coletivos. A reciprocidade em dar e em receber não acontece na proporção igual. Prevalece um forte sentimento de egoísmo. Concentra-se obsessivamente na conquista do ter, do poder e do prazer, mesmo que em detrimento de outros, colocando-os em segundo plano.

Num mundo competitivo em que vivemos, essa descoberta das qualidades individuais ajuda a vencer as batalhas da vida. Entretanto, não podemos fazer disso uma característica de egocentrismo. Quando nos maravilhamos exageradamente conosco mesmo, assumimos uma postura narcisista. Não percebemos que ao supervalorizarmos nossas vitórias, algumas vezes humilhamos os que são derrotados.

Tudo o que fazemos é resultado de compartilhamento, troca de colaborações, esforços solidários. Há uma tendência natural no individualista em ambicionar poder, posse, autoridade. Para isso não mede esforços para conseguir o que quer. É capaz de transpor os limites éticos para satisfazer o seu ego. Pensa somente no seu “eu”. Ele carrega uma grande dose de autossuficiência, recusando, inclusive, intervenções externas às suas opções pessoais.

É bom sempre estarmos abertos a receber e permutar experiências e conhecimentos com os outros. Fugir do egocentrismo. O individualismo ignora essa percepção, e produz personalidades autoritárias, extremamente vaidosas, insensíveis à sorte dos que as rodeiam. É bom a gente refletir sobre isso, de vez em quando.

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