Nossa cidade e as eleições de 2020

Pronto: Está, na minha opinião começando um dos tempos mais. O termo adequado não seria esse, mais por não me ocorrer outro vai esse mesmo: “Chatos” em nossa cidade, e de resto em todos os municípios desse nosso País Continente, é quando o eleitor que deveria analisar e escolher seus governantes mais próximos, se aproveita o momento e em muitos, e bote muito nisso, sabendo-se que esta região é essencialmente ao invés de ideológica, fisiológica, e fica difícil quantificar, mais talvez até a maioria, venha a usar seu voto como mercadoria, recebendo algo em troca, que em alguns casos é de uma baixaria deprimente. O povo tem uma  “simpatia” por ser corrompido, que em até determinadas figuras sinistras, “vivem de vender seus votos”

Lembro-me de um caso muito interessante que aconteceu no Deuço’s Bar, em que um dos clientes logo após a eleição municipal, na mesma noite, estava declarando que não votaria para fulano na eleição que iria ocorrer dois anos depois. Já tinha vendido o seu voto naquele e como que estaria anunciando que seu voto estava à venda para a próxima eleição. Nojento.

Agora tem casos que o eleitor não tem condições de sustentar a família, e é obrigado a usar desse artifício por uma questão de sobrevivência, que antes era uma questão muito grave na nossa região e hoje, graças aos programas sociais tipo bolsa família, e auxilio emergencial, sofre carência alimentar praticamente quem quer, antes dessa pandemia, quando um mendigo aparecia lhe pedindo dinheiro, a gente tinha dificuldade de saber se era para comprar alimento ou se era para alimentar o vício das drogas.

Assim, as novas gerações nem sabem o significado do termo “flagelado” que era como nós conhecíamos aqueles que padeciam de carência alimentar.

Mas de qualquer maneira existem outras carências, e continua nossa região padecendo dessa chaga aberta que é tornar o voto uma mercadoria, e todas as suas consequências deletérias. Se um político gasta dinheiro, mesmo de seu bolso, para comprar votos, a não ser em alguma exceção, ele vai ter que retirar esse dinheiro de algum lugar, que não seja o salário auferido pelo cargo eletivo, mas vai usar esse cargo para obter vários tipos de favores, em detrimento do erário, então seria a origem de contratos superfaturados, dos diversos tipos de propina que recebem os detentores desses cargos, e outras mazelas bem conhecidas e impossíveis de serem eliminadas e muito difíceis de serem combatidas, se criou uma “cultura que admite um pouco de corrupção”. Sem querer generalizar, muitas pessoas que nós conhecemos na nossa cidade e em todo o país, acha que todo político é ladrão, mas se ele puder participar dessa desonestidade, pode mudar de ideia. Infelizmente é mais comum do que possa parecer a primeira vista.

E agora vamos para nossa campanha paroquial com toda essa bagagem eu sempre tem um certo peso, funciona como aquelas bolas de ferro que os condenados de antigamente usavam para não poder fugir.

Então os viciados nessa prática estão esfregando as mãos o grande momento deles, tardou um pouco por conta da pandemia, mas agora está finalmente chegando.

Enquanto isso, outros países que conseguiram serem mais eficientes no combate a essa mercantilização do voto, conseguem se desenvolver mais depressa do que nós, e continuamos a ser o que Stefan Zweig – “ o país do futuro, que lí há 40 anos e ainda não vi esse futuro chegar.

Agora esse ano deve ser um pouco diferente, tendo em vista o distanciamento social, os comícios, as passeatas, as carreatas, etc. não devem acontecer como antes. Temos esse ano esse diferencial – e que diferencial.

È Isso. Fico.

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