Hora de combater as falácias

A falácia é uma informação falsa propagada como se fosse verdadeira. Nos tempos atuais passou a ser conhecida como “fake new”. Desde as eleições de 2018 a sua utilização tornou-se, intensivamente, uma estratégia de campanha eleitoral. E deu resultado, lamentavelmente. A irracionalidade e a pobreza argumental fazem com que se recorra à mentira na tentativa de vencer um embate a qualquer custo. Não podemos mais continuar permitindo que a opinião pública fique vulnerável à influência das falácias, especialmente no momento político em que estamos envolvidos.

A persuasão enganosa se faz através de meias verdades, mentiras completas, e até verdades contadas de modo distorcido. São as desinformações perigosas, na explícita desonestidade retórica. A divulgação irresponsável de falácias, elaboradas com má intenção, tem sido uma prática recorrente pelos que fazem a política do embuste e da farsa. Não é difícil identificar os argumentos ruins que pretendem se apresentar como falácias lógicas. Algumas delas são produzidas como estratagema para desviar a atenção e levar o foco da discussão para outro nível de observação. Concentram-se no irrelevante para ignorar questões mais importantes.

A eleição é, sem qualquer dúvida, um evento polêmico por natureza. Os movimentos discursivos, então, se apresentam visando à mudança de opinião sem qualquer razoabilidade ou preocupação com a observância da verdade. Os fatos são explorados na conformidade dos interesses político-partidários ou ideológicos, quase sempre não correspondentes aos mesmos interesses da população e contando com a participação dos meios de comunicação vinculados a grupos encastelados no poder.

A proliferação generalizada da mentira e da dissimulação faz com que a verdade e a política não caminhem juntas. É necessário acabar com essa forma de fazer política que alimenta o processo de degradação da opinião pública e protegermo-nos do ativismo político da mentira e da manipulação. Esses são vícios presentes em nosso cotidiano. É imprescindível que percebamos os riscos da extrapolação inaceitável dos limites da mentira no exercício da política. Que 2018 não se repita.

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