A minha Cajazeiras

FABIANO GOMES

Durante 23 anos de minha vida, pertenci ao grupo político do amigo, que tenho como irmão amado, Carlos Antônio e de doutora Denise, que, além de ser uma amiga a quem renderei para sempre minhas homenagens, é minha madrinha. Por todos esses anos, compartilhamos alegrias e tristezas, vitórias e derrotas. De minha parte, sempre me mantive leal aos amigos, uma lealdade incondicional que, por vezes, chegou a ultrapassar certos limites pessoais.

Muita coisa mudou nos últimos anos. A primeira dessas mudanças é que meu eterno prefeito Carlos Antônio perdeu o comando do grupo político que venceu tantas eleições na minha Cajazeiras. Carlos Antônio foi obrigado a ceder sua liderança, depois da eleição de 2018, a um deputado estadual que me causou profunda decepção. Não vou citar nomes por enquanto, mas acho que os cajazeirenses sabem de quem estou falando. Denise e Carlos sabem mais do que ninguém que o novo “líder” do nosso antigo grupo político nunca me teve um mínimo de respeito, consideração e gratidão, e, por essa razão, mesmo mantendo o amor sincero, verdadeiro e leal que sempre dispensei aos dois, resolvi que, dessa vez, não subirei em um palanque onde não sou bem-vindo.

Tem momentos que você tem que tomar decisões, por mais duras que sejam. E toda Cajazeiras sabe que eu nunca fiquei em cima do muro. Antes de escrever essa nota, adiantei tanto a Carlos Antônio quanto a minha madrinha Denise, não ter condições psíquicas e morais para segui-los nesse projeto. Seria demais, uma violência que não estou disposto a cometer contra mim mesmo. Me junto agora e desde já a Zé Aldemir, que faz uma administração que orgulha a Cajazeiras e à Paraíba. Essa decisão já tomada, foi amadurecida nos últimos meses e não a tornei pública antes para não ser acusado de oportunismo. Não tive nenhum tipo de conversa com Zé que não tenha sido para expor os motivos que mencionei acima e fazermos as pazes, depois de anos de distanciamento, o que me deu grande alegria e alívio. Me senti leve e feliz.

Não conseguiria conviver com um cover de um Araújo, que é, na verdade, só um Gambarra, uma simulação mal acabada de homem público.

Cajazeiras merece mais.

FABIANO GOMES É COMUNICADOR, EDITOR DO FONTE83

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