Num passado mais ou menos recente (anos 40/50/60), quando ainda tínhamos uma Cajazeiras meio interiorana, portanto ainda meio provinciana, quando as famílias mantinham o hábito de conversar às calçadas, de cumprimentarem-se quando se encontravam pelas ruas, a tradicionalidade fazia com que “todo mundo conhecesse todo mundo”. Hoje, não mais é assim. A cidade cresceu “universalizou-se”, espalhou-se pelas antigas fronteiras urbanas e acolheu inúmeras outras famílias não somente de cidades adjacentes, mas também de vizinhos Estados nordestinos.
É bem verdade que a força do progresso impulsionou ainda mais o crescimento citadino. Não há, porém, como esquecer aqueles tempos em que famílias tradicionais se cruzavam em suas ruas e vidas, gerando uma homogeneização doméstica. Estão aí, como exemplo, os Rolim, Coelho, Guimarães, que se foram agrupando em núcleos que se espalharam pela nossa cidade e região.
Essas considerações vêm à baila a propósito de evento religioso que ocorrerá na próxima quinta-feira, dia 12, quando será celebrada missa de um ano do falecimento de José Guimarães Coelho, o conhecido Zé Crispim. As famílias, irmanadas, estarão presentes para, em atividade patrocinada pela Paróquia de Nossa Senhora de Fátima, reverenciarem a memória não somente do sempre lembrado Zé Crispim, mas que, também, certamente, servirá de um momento especial em que familiares se encontrarão num congraçamento especial. Esses núcleos domésticos englobam muitos e importantes personagens dessas três famílias que constituem uma base forte e afirmativa da recente história de nossa terra.
Quando do evento, será publicada uma plaquete através da qual os que dele participarem terão a oportunidade de rememorar a genealogia dessa gente e cujos personagens, num futuro bem próximo, servirão de base que fornecerão elementos para esta Coluna, que continuará primando por não deixar desparecerem de nossas lembranças aqueles que fizeram, fazem e farão a história de Cajazeiras.
