De hotéis, pensões, hospedarias e motéis (2)

De passagem, podemos rememorar vários outros hotéis e pensões que flutuam na nossa memória e cuja lembrança vai se apagando no tempo.

Assim é que podemos citar alguns: somente na Rua Juvêncio Carneiro, podem-se citar o Hotel Paraibano; o Hotel Globo; a pensão de Seu Jerônimo e Dona Santa, pais do “improvável marinheiro” Chico Venâncio, que se transformou em professor de Educação Física no Colégio Diocesano Venâncio; hotel de Maria Timóteo (vizinho e concorrente da anterior); a pousada de Seu Hortêncio, misto de hoteleiro e caminhoneiro, pai dos nossos amigos de infância Valdir, Chico e Alveno; lá pras bandas da Rua Pe. Manoel Mariano, tínhamos o Hotel Piranhense e o Hotel Horebense, superlotados, aos sábados, por conta da feira livre citadina; a própria Sorveteria Trianon, de Seu Chatô que, por algum tempo, serviu também de hospedaria fixa ou rotativa; todos esses tiveram seus dias de glória, sem, no entanto, alcançarem a popularidade do Cajazeiras Hotel, comandado por Dona Maria de Lourdes Barros, e que viveu o seu auge nos anos de 1956 a 1984. Não restam dúvidas de que a localização deste favoreceu o seu imenso movimento. Localizava-se, também, na Rua Juvêncio Carneiro, quase defronte do Grande Hotel (Solar dos Costas), já citado na Coluna anterior, fazendo esquina com a Travessa Joaquim Costa (?). (A agência do Banco do Brasil ainda funcionava onde, hoje, se situa a Difusora Rádio Cajazeiras, em cuja esquina ficava o Cajazeiras Hotel). Certamente que o fator impulsionador do seu progresso foi a sua localização, vizinho da então agência do Banco do Brasil. Ali se acomodavam eminentes hóspedes da cidade, como Seu Severino de Tal, representante comercial cearense e pai do ator José Wilker; cantores Teixerinha, Adilson Ramos, Coronel Ludgero, sanfoneiro/intérprete Luiz Gonzaga, Marinês e sua Gente, Coronel Calixto, Ângela Maria, Roberto Muller, entre outros, além de integrantes de equipes de futebol que vinham em delegações esportivas: o ICASA, o Campinense, São Cristóvão do Rio de Janeiro (com o craque Garrincha), o Treze e outros menos votados.

Como hóspedes, dito fixos, citamos alguns que nos vêm à lembrança: o Coronel Antônio Bandeira de Almeida e o seu irmão Maraton Bandeira de Almeida, este, posteriormente, veio a tornar-se Delegado da Policia Federal; Geraldo Brandão, advindo de São Gonçalo, se quando encaminhava na sua vida profissional; Gilson Souto Maior, iniciando sua festejada carreira de locutor na Difusora Rádio Cajazeiras, para onde veio pelas mãos de Jose Adegildes Bastos; Geraldo Batista, Antônio Malvino…

Como no Cajazeiras Hotel também havia uma espécie de lanchonete, quase um point, comandada pelo hoje brilhante e realizado advogado André Costa Barros, filho do casal Maria de Lourdes Barros/João Costa Barros, seu segundo esposo, era comum encontrarem-se ali, durante intervalos destinados a um lanche, os funcionários do Banco do Brasil: Hélio Caetano da Frota Leitão, Pedro Bayma, Domício Holanda, Mapurunga, Constantino Cartaxo, Mailson da Nóbrega, Fernando Dinoá, Paulo Souto, Agildo de Lima Machado, os irmãos Nilmar e Rafael Holanda, José Honório, Dedé Alencar, Petrov, João Bosco (Pato), Pedro Pio Chaves, entre muitos e muitos outros…

Mas, a estória continua…

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