Console a voz da dor, para que sentimentos de alegria voltem a se tornar a bandeira de uma imagem que seja capaz de alimentar a força para se seguir adiante.
Não esqueça que muitas coisas da vida que eram repetições na vida de alguém podem em determinado momento pela força do vento abrir sua janela.
Caminhe sem medo, e se possível carregue alguém que se perdeu nas ventanias do tempo, e não sabe retornar ao seu ponto de origem pela perda da fé.
Lembre-se sempre de seu sofrimento durante caminhar inicial, das quedas constantes, das tristezas que se faziam lágrimas, que muitas vezes não eram enxugadas.
Lembre dos instantes das incertezas, das flores que secaram e perderam a beleza, das noites sem fim, dos medos que assolavam o pequeno espaço de sua morada.
Saiba que tudo que bate pode voltar e tudo que cai se levantar,não subestime uma pequena semente que caiu de um pico de um pássaro e com o passar do tempo cedeu seus galhos para o ninho.
Alimente sempre a esperança que por sua estrada as suas mãos abençoadas haverão de recolher inúmeros amigos que iniciaram contigo e fraquejaram.
Nunca se esconda de buscar sempre rezar pelos que estão desamparados, e aos olhos de tantos são insignificantes, por seus momentos que podem se perder com o barulho do vento.
Inúmeras pessoas desejariam um pouco do seu sossego, de uma tenda para descansar, de palavras amáveis para encantar as tristezas que flutuam em pequenas balsas e sem destino.
Ampare os que perpetuam na solidão e abra a porta que os prendem, mesmo sem porta, para que o Senhor da bondade seja sempre o seu riso e seus passos.
Não se torne inimigo dos seus gestos, pois o seu eu externo já por si só faz tantas maldades, e com isso fere a intimidade do espírito e machuca o coração.
