Comemorações do Centenário da Diocese

Assisti a grande parte dos eventos em que se comemorou o Centenário da nossa Diocese, inclusive o encerramento dessas, evento a que vou chamar de Grand Finale. E também estive presente a outros, como a recepção da imagem de N. Sra. Da Piedade em algumas paróquias; esta fez uma impressionante jornada por todas as paróquias de nossa Diocese, quando era, na divisa da paróquia, entregue ao vigário responsável; as que vi bastante concorridas, e os fiéis da Santa Madre, que tantos tinha perdido para outras igrejas ou seitas, convocou os fiéis e os colocou nas ruas e nas procissões, um verdadeiro atestado da força que ainda possui nosso Credo Romano, isto foi organizado pelos fiéis de cada paróquia.

Também tive a oportunidade de assistir à sessão conjunta da Assembléia Legislativa estadual e da Câmara dos Vereadores de nossa cidade; a diferença saltava aos olhos, além dos religiosos, estavam os vereadores, não todos, nossos dois representantes no legislativo Estadual e mais um Deputado, e muito pouca gente, para uma Sessão histórica das nossas Casas Legislativas, nem o Presidente da Assembléia se dignou a comparecer, ou mandar algum vice – presidente, nossos deputados não deveriam, representar ninguém, pois tendo a cidade como base política, se auto representavam. De Sousa Não veio ninguém, pareceu que nossa Cidade Irmã não pertencia à nossa Diocese, e pelas ausências, se avalia o pouco caso de nossos representantes para com nossa região.

Agora no último sábado (27 de junho), a missa campal concelebrada inclusive com a indispensável presença de nosso arcebispo, Dom Aldo Pagotto, houve um comparecimento maciço de fiéis, estes vindos, como se atesta até pelo número de gente que me era desconhecida, de quase todas as mais de cem paróquias que tem por sede nossa cidade.

Quem estava lá pode testemunhar como se leva à frente um grande evento, num enorme palco montado na rua Juvêncio Carneiro, onde acontecia o carnaval, a grande festa pagã de nossa cultura, estavam em número impressionante, os devotos da Santa Madre, que assistiram uma cerimônia que já entrou para nossa história, tanto pela data, quanto pela sua imponência, com as primeiras fileiras ocupadas pelos clérigos todos trajados de branco, havia inclusive um telão transmitindo a celebração para os mais distantes. Quem foi se impressionou. Foi um evento digno que nossa Diocese, tão grande em população (mais de 600.000 habitantes) fazia por merecer.

Durante todo esse ano e o ano passado, houveram estas comemorações, que ao se encerrarem, deu o exemplo de que com organização e determinação, se faz algo que supera as expectativas, e este foi um caso perfeitamente emblemático, digno dos sucessores de Dom Moisés Coelho e Dom Zacarias Rolim de Moura, apenas para citar os bispos de origem mai próxima, que um fundou a diocese, e outro que produziu uma obra de consolidação dessa diocese, e que o atual bispo D. José Gonzalez, se firma como digno sucessor daqueles e de outros que e vieram à frente do rebanho diocesano.

Até mesmo eu, que não tenho aquela religiosidade de que se pode esperar de um crente, e certamente todos os que compareceram, ficaram com a mesma impressão de que as comemorações do centenário de nossa diocese fizeram marco, e aponta-se o caminho, sob o primeiro papa latino americano e o primeiro jesuíta, está sob um comando que possam enfrentar os enormes desafios desse nosso terceiro milênio.

Mudando completamente de assunto: A emenda constitucional que diminuía a maioridade penal para 16 anos não passou e a sociedade continua exposta aos “cavalões”, como já se referiu nosso arcebispo Dom Aldo, que também acha que esses adolescentes deveriam poder trabalhar, que em ambas as situações eu endosso sua opinião. No primeiro caso, ainda se constatou no Rio de janeiro em 1.590 internados, apenas um (01) cumpriu os  três anos e em média, esses cumpriram apenas sete meses; e os que não foram soltos imediatamente, como é a grande maioria. Trabalhar honestamente, é proibido, para o tráfico é estimulado. As contradições de nosso país hipócrita…

P.S. – Se oferecem essas mal traçadas, a Fabrício (o Jomble, Jomblinho), que ao par de suas preferências, era um homem de fé e fazia o trajeto da procissão de N. Sra. Do Rosário em Pombal de pés descalços. A Lucianno Dionízio, caminhoneiro, em que seu caixão foi levado na carroceria do caminhão em que trabalhava, numa bela homenagem. E a Expedito Williams (Wilinha), que estudou comigo no Colégio Estadual. Os amigos estão indo agora em grosso…

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