Bolo confeitado

Peço licença para entrar nessa casa de novo. Peço licença aos meus amados e fiéis leitores. Peço também aos que ainda não me conhecem, aos que já me esqueceram, aos que torceram para que eu voltasse um dia. Um cafezinho? Sim, por favor. Sim. Muito grata. Opa? Tudo bom? Sim. Sim, pode cantar e filosofar, balbuciar, correr sem metros, correr sem medo.

Professor José Antônio Albuquerque, peço sua licença. Olha, ser proprietário de um tabloide semanal, no interior da Região Nordeste, é motivo pra comemorar, soltar fogos, comer bolo confeitado. Parabenizo, ao mesmo tempo em que reconheço; reconheço ao mesmo tempo em que agradeço.

Peço licença aos meus colegas colunistas. Francisco Sales Cartaxo, Frassales, meu amigo escritor, peço sua licença e um abraço apertado, com a eterna admiração por sua dedicação à pesquisa e aos recortes históricos da nossa gente. Pepé Pires, meu amigo de ideias e tantos rocks, peço sua licença, parabenizando seu talento em tocar nas feridas sociais, inclusive as que dificilmente serão cicatrizadas. Nem mesmo com emplastro de babosa.

Peço a Fernando Caldeira, com quem dividi o programa Microfone Aberto, na Rádio Alto Piranhas, nas manhãs de segunda a sexta-feira, por um curto e importante período. José Ronildo, colega de batente, de profissão, de diversas coletivas com personalidades visitantes da terrinha, peço licença, com meu apreço por sua atuação no saudoso jornal O Norte.

Professor Francelino Soares, peço sua licença com um lamento acoplado: não nos vimos muito pessoalmente, mas o admiro de longe, e de perto do seu texto, rico em informações e fontes de estudo. Sou sua aluna, pode crer. Rafael Holanda, peço sua licença em oração, em silêncio profundo, pra combinar com seus escritos devocionais belos e necessários. Oremos com urgência.  George Sandro, nosso colunista social, peço licença pra aparecer na festa sem ser convidada. Vou entrando porque a palavra escrita é motivo de alguma comemoração: existe, perpetua-se, marca territórios. Professor Reudesman Lopes, Reudim, também colega de rádio e amigo, peço sua licença. É por meio da leitura da sua coluna que respiro o mesmo ar das cenas esportivas: municipal, estadual, regional e internacional. É por onde gosto de saber em que vereda anda meu Trovão Azul.

Mariana Moreira, deixei você por último, de propósito. É que o pedido de licença é duplo, pela sua influência direta e indireta e transversal sobre meu imaginário: jornalista e professora, professora e jornalista. Sua posição sincera sobre a vida tanto me conforta quanto me comove, além de me proporcionar a convicção de que estou na estrada certa da construção do conhecimento.

Então, meu povo, com as licenças pedidas, lavadas e engomadas, sinto-me à vontade para deixar aqui um pedacinho do meu coração. Esse fragmento tem sangue e fome. Talvez grito e suspiro. Talvez fuga e confissão. Talvez sono e dança. Oxe. Tanta coisa. Mas, sem dúvida, eu, comigo. E toneladas e toneladas do carinho de sempre.

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