A rua da Cadeia Velha

Sempre se ouve dizer que a palavra “saudade” não apresenta correspondentes em outras línguas. Talvez, não, pelo sentimento que ela nos traduz. (Diga-se de passagem, para os estudiosos, que a sua origem é latina: solitas, atis, significando aí “solidão, desemparo”…). Não é a mesma coisa; pois, para nós, ela significa, textualmente “sentimento melancólico devido ao afastamento de uma pessoa, uma coisa ou um lugar, ou à ausência de experiências prazerosas já vividas” (Houaiss). Para nós, saudade seria, simplesmente, a vontade de ver novamente. Esta será sempre a nossa intenção ao mostrar-lhes imagens de Cajazeiras de tempos e idos e vividos.

Aqui, por exemplo, domina-nos o desejo de rever um passado que está longe ou distante, seja no tempo ou no espaço. Era, enfim, um tempo em que a nossa cidade era mais calma, mais telúrica e em que “todo mundo conhecia todo mundo”.

Recordem-se, então, como nós procuramos fazê-lo, do cruzamento de duas das mais importantes vias urbanas de Cajazeiras: Rua Juvêncio Carneiro, com Rua Coronel Peba. Na primeira, ficava a “Cadeia Velha”, o chamado “Ponto do Ônibus”, a Pensão de Seu Jerônimo/Dona Santa, o Bar de Antônio de Quitéria, as casas de Hortêncio e de Deusdedit Leitão…

O leitor revisionista procurará relembrar outros <em>habitat</em> dos que aí residiam cujas moradias não aparecem na foto: Félix Jácome/Alda Rosa, João Rodrigues Alves, Moacir Amaral, Luiz Guarda, Nezinho Gonçalves/minha tia Chiquinha, Nélson Maciel, Iônas Dunga, entre outros; já na Rua Coronel Peba, (dá para identificarem-se) as casas de João Augusto Braga, Raimundo Lira, Joel Macedo e, mais adiante, residiam o Prof. Mangueira, Newton Simões, Henrique Oliveira, Seu Agostinho, João Ferreira, Aldenor Rodovalho e muitos outros amigos.

Se “recordar é viver”, que os leitores saudosistas rememorem a tranquilidade de outros tempos que não voltam mais.

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