A repressão ao livre pensar

Quando se tenta impedir a propagação de uma ideia, se está praticando um ato de repressão.E isso é muito comum nos regimes ditatoriais, onde o Estado procura conter e calar as vozes da oposição ou dos que contrariam seu ordenamento político. Mas na democracia, embora isso não devesse acontecer,  observamos que a repressão se manifesta de outras formas.  Na censura ao que não convém ser difundido,  na intolerância à divergência, na agressão gratuita aos que consideram adversários, no justiçamento que quer silenciar um clamor público ou o discurso de um líder que pode ameaçar propósitos políticos.

Ocorre que tudo que sofre repressão ganha força e energia para se tornar real. A repressão enquanto desperta ódio nos seus promotores, faz surgir coragem e denodo nos que são vítimas dela. O controladores da cultura e da informação esquecem que um silêncio momentâneo pode explodir num clamor coletivo em razão de uma insatisfação que chegou aos limites da condescendência. Até porque “toda ação provoca uma reação”. Quem deseja produzir um redemoinho não espere receber como resposta um vento brando.

Os repressores geralmente são pessoas cheias de fobias. O medo da verdade que não lhes agrada faz com que partam para a imposição dos seus conceitos e vontades, ainda que alicerçados na mentira. Mas a roda da História não pára e os acontecimentos podem fazer dos reprimidos de hoje os vitoriosos do futuro.

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