A corrupção nossa de cada dia

Quando Collor foi defenestrado da presidência da República, seu vice e sucessor, Itamar Franco, depois de na época em que se processava o Processo de impedimento, dizia que rezava todos os dias para que o presidente conseguisse superar essa crise, enquanto formava seu governo com a maior descrição possível, na sua primeira declaração como presidente em exercício, falou que os brasileiros haveriam de ficar tranqüilos que não haveria corrupção enquanto ele estivesse na presidência. Um exagero justificável, mas na realidade nunca a corrupção acaba nem no Brasil, nem no mundo, ele sempre ocorre de forma, menos ou mais visível mas é quase impossível erradicar essa, ao contrário do mosquito Aedes aegipty, que já foi erradicado no nosso país e voltou com todo gás e com um elenco de novas e cada vez piores doenças a transmitir. Uma tal de “Chico Cunha”, como dizem nossos rurícolas é minha companheira há meses, e eu tenho dificuldades de locomoção que nunca tinha experimentado antes. Agora sei o sofrimento de aleijados e similares.

Mas voltando ao assunto, nesse caso do impeachment de Dilma, existem coisas que podemos como que elencar para se ter o conhecimento mais abrangente dessa situação que supostamente deveria ser rara: Nos mais de 200 anos de História americana como país independente, somente um nome seria “impichado”, Nixon, e aqui em poucas décadas de processo democrático (?), já podemos contar com dois caos.

Outra coisa é o fato de o poder Legislativo ter esse enorme poder de defenestrar presidentes da República, e esses terem que viver oferecendo benesses para esses legisladores, [ara que a governabilidade seja possível.

Outro ponto, seriam as caríssimas campanhas que esses políticos precisam enfrentar para se elegerem, praticamente todos têm que comprar seus mandatos, em particular na nossa região, uma região fisiológica em que o voto é, com certos cuidados, mais nem tanto, tratado como mercadoria, tanto por candidatos, como por eleitores. E se forma um círculo vicioso que tem o efeito deletério de macular nossa democracia, daí os que não gostaram da decisão das urnas, isso há muito tempo, o suicídio de Getúlio Vargas, a complicada posse de Juscelino além dos fatos mais recentes de nossa democracia que ainda tem muito a ser aperfeiçoada se destacam.

Além do mais, existe a, vamos assim chamar: A “cultura de lei de Gerson” , onde se quer levar vantagem em tudo, e nossas crianças nascem crescem nesse ambiente, e nem se tocam de onde se está dentro da legalidade ou não, uma linha do certo e errado muito tênue, se é que essa exista. Somente uma educação pedagógica, em que inclusive o exemplo de se ver (antes eu nunca vi) rico ir para a cadeia, não deixa de ser uma contribuição, se pode aprimorara o processo político democrático, para um pais mais justo.

Senão vamos continuar a ver até cansar esses casos que se vê agora, de uma presidente ser afastada, e em poucas semanas, vários ministros terem que  sair do governo, e o Procurador Geral da República pedir a prisão dos maiores quadros do país.

Fica a famosa frase de Nélson Rodrigues que se referia a Brasília, e podemos com muita tranquilidade estender a todo o país: “No Brasil não há inocentes, todos são cúmplices”.

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