O Índio

Francisco de Assis Nunes, mais conhecido como Índio. Há mais de 50 anos com a mesma fantasia e adereços de sempre, sai à tarde durante os três dias de folia de carnaval.

Na verdade, pelo tempo dedicado ao Rei Momo, já deveria ser citado no “Book dos Recordes” por abrilhantar, durante todo esse tempo, o carnaval, em traje de um “verdadeiro índio”.

Por ser bastante conhecido na cidade e dos políticos da região, sugere ao prefeito Zerinho lhe doar uma certa quantia para completar a sua “luxuosa” e “sofisticada” vestimenta, já que a mesma se encontrava velha e gasta pelo tempo.

Na conversa com o prefeito, foi perguntado de quanto precisaria:

“Pois é, prefeito, é o seguinte: estou precisando de apenas 50 mil cruzeiros a fim de comprar algumas penas e outros enfeites para a minha fantasia e assim poder continuar desfilando durante o carnaval…”

O prefeito Zerinho, ouvindo o “pequeno pedido”, não teve conversa e disse:

“Índio, é uma boa ideia a sua. Acontece que com essa “pequena” fortuna, acho melhor trazer para o Carnaval de Cajazeiras todos os índios e índias lá da Amazônia… Você não acha?”

DO LIVRO ‘OS PENETRAS’, DE JOSÉ MIGUEL LEITE JÚNIOR

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